Os problemas colocados ao secretário de Estado da Saúde, quando este visitou a Urgência do Hospital de Portimão, no início de Dezembro, continuam sem resposta e as autorizações para contratação de profissionais no Centro Hospitalar do Algarve são uma falácia – protestou a direcção regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

O SEP/CGTP-IN, numa nota divulgada a 23 de Janeiro, recordou que àquele governante foi entregue um exemplar do manifesto «Por condições de trabalho dignas e cuidados de saúde de qualidade e segurança». Do documento, dirigido ao ministro da Saúde, foi dado conhecimento a outras entidades, como a administração do CHA, a ARS Algarve, a direcção-geral da Saúde, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, a Entidade Reguladora da Saúde, a comissão parlamentar de Saúde, o presidente da CM Portimão e a AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve).

Passado mais de um mês, «o manifesto, que descreve a situação vivida diariamente na Urgência de Portimão e aponta propostas de solução para melhorar a segurança dos utentes e profissionais, não mereceu resposta de nenhuma das entidades oficiais e tudo continua na mesma».

Sobre as anunciadas autorizações para contratar enfermeiros, o SEP acusa que se trata de «uma verdadeira falácia», pois visam apenas substituir saídas ou regularizar vínculos, nada contribuindo para colmatar a falta de 483 profissionais, como decorre dos cálculos das «dotações seguras».