Portos do Algarve

Por uma gestão única e pública

A in­tenção do Go­verno de criar uma en­ti­dade de­no­mi­nada «Portos do Al­garve» é de louvar, su­blinha o PCP, que há muito de­fende a gestão in­te­grada de todos os portos co­mer­ciais, de pesca e de re­creio da re­gião. Con­tudo, nota, o texto pre­am­bular do pro­to­colo sobre a cri­ação da dita en­ti­dade abre a pos­si­bi­li­dade «pre­o­cu­pante» de trans­ferir a res­pon­sa­bi­li­dade por ela para os mu­ni­cí­pios ou as­so­ci­a­ções de mu­ni­cí­pios, os quais não pos­suem, na opi­nião do Par­tido, «os meios fi­nan­ceiros, ma­te­riais e hu­manos para ga­rantir o in­ves­ti­mento, a ma­nu­tenção e o de­sen­vol­vi­mento das infra-es­tru­turas por­tuá­rias do Al­garve».

Estas pre­o­cu­pa­ções le­varam o Grupo Par­la­mentar co­mu­nista a in­ter­rogar os mi­nis­té­rios do Pla­ne­a­mento e In­fra­es­tru­turas e do Mar acerca da ava­li­ação que fazem da va­li­dade da pro­posta do PCP de criar a Ad­mi­nis­tração dos Portos do Al­garve, «in­te­grando todos os portos co­mer­ciais, de pesca e de re­creio da re­gião al­garvia, do­tada dos meios fi­nan­ceiros, ma­te­riais e hu­manos ade­quados ao exer­cício da sua missão, num quadro de gestão in­tei­ra­mente pú­blica do con­junto das infra-es­tru­turas por­tuá­rias». Numa se­gunda questão, o de­pu­tado co­mu­nista Paulo Sá, autor dos re­que­ri­mentos, pre­tende saber se o Go­verno en­tende que os mu­ni­cí­pios em causa «pos­suem os meios fi­nan­ceiros, ma­te­riais e hu­manos ade­quados para ga­rantir o in­ves­ti­mento, a ma­nu­tenção e o de­sen­vol­vi­mento» dessas infra-es­tru­turas.

Na an­te­rior le­gis­la­tura, o PCP propôs em três oca­siões a cri­ação da Ad­mi­nis­tração dos Portos do Al­garve, que ga­ran­tisse a gestão in­te­grada de todos os portos e o seu ca­rácter in­tei­ra­mente pú­blico; todas elas foram chum­badas pela mai­oria PSD/​CDS, que optou pela frag­men­tação das di­versas va­lên­cias por­tuá­rias. A ju­ris­dição dos portos de pesca e das ma­rinas de re­creio foi trans­fe­rida para a Do­ca­pesca e os portos co­mer­ciais de Faro e Por­timão pas­saram a ser ge­ridos pela Ad­mi­nis­tração do Porto de Sines. Esta trans­fe­rência de com­pe­tên­cias e ju­ris­dição fez-se acom­pa­nhar por pro­messas de in­ves­ti­mento, nunca con­cre­ti­zadas. 



Mais artigos de: PCP

Em 2017 com confiança

O Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, emitiu no dia 28 de De­zembro uma men­sagem de Ano Novo, que trans­cre­vemos na ín­tegra.

Afirmar a alternativa

A afir­mação e va­lo­ri­zação dos as­pectos es­sen­ciais da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, de­fi­nidos no XX Con­gresso, é um dos ob­jec­tivos ime­di­atos do PCP.

Património deve beneficiar as populações

O PCP as­si­nalou os 15 anos da clas­si­fi­cação do Alto Douro Vi­nha­teiro como pa­tri­mónio mun­dial e lem­brou que há ainda muito por fazer em be­ne­fício da re­gião e das suas po­pu­la­ções.

Pressão e chantagem na CP Carga

Num comunicado de meados de Dezembro do seu Sector Ferroviário, o PCP acusa a Medway, antiga CP Carga, de pressionar os trabalhadores com «ameaças, chantagens e imposições externas». Em causa está a exigência da administração para que os trabalhadores...

O Militante nas bancas a 2 de Janeiro

«Este é o nosso tempo!», lê-se na capa da edição de Janeiro/Fevereiro de O Militante, onde surge ainda uma grande fotografia do XX Congresso do PCP. O tema é retomado no texto de abertura, intitulado «Levar à prática o XX...

Atitude inqualificável

A Comissão Concelhia do Montijo do PCP acusa o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, de desrespeitar a recomendação da Assembleia Municipal de dar ao Parque de Exposições o nome de Acácio Dores, antigo presidente do município e alguém que, para o PCP,...

Armas de propaganda massiva

Os grandes media respondem às necessidades e aos interesses dos grupos económicos que os detêm, sabemo-lo. Mas respondem igualmente às necessidades e aos interesses das classes dominantes e da sua ideologia: cá dentro como lá fora. A imprensa escrita, a rádio e a...