À política agrícola e às pescas dedicou o PCP também uma particular atenção, com o deputado João Ramos a sublinhar a necessidade de neste capítulo «fazer diferente do que fez o anterior governo». Isto porque, acusou, o executivo do PSD e do CDS «teve olhos apenas para os grandes» – o agro negócio, as multinacionais –, desvalorizando a pequena agricultura, a pequena pesca e o desenvolvimento rural.

«Obrigou o pequeno agricultor que queria vender umas couves a inscrever-se nas Finanças, retirou 200 milhões de euros ao PRODER nas áreas da floresta e do regadio», lembrou o deputado do PCP, que não esqueceu ainda que o anterior governo traçou como horizonte para 2020 a eliminação do défice da balança agro-alimentar, sendo que hoje esse défice é superior a 3200 milhões de euros.

Assinalado criticamente foi também o que considerou ser uma oportunidade perdida de valorizar a agricultura familiar na revisão da PAC, processo que serviu apenas para transferir mais dinheiro para as grandes explorações, como foi o caso do olival super intensivo que recebeu verbas das medidas agro-ambientais.