Despedimento colectivo na EMEF
Entre 24 e 28 de Outubro, os trabalhadores da EMEF vão realizar vigílias em frente ao Ministério do Planeamento e das Infra-Estruturas, em Lisboa.
«Manutenção e agravamento dos problemas existentes»
Em causa está o despedimento colectivo dos trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário, que têm ocupado as vagas existentes por impedimento de admissão de trabalhadores efectivos e, que assim, têm minorado os efeitos negativos da falta de trabalhadores na qualidade, regularidade e segurança do transporte ferroviário.
Esta medida iniciada nas oficinas de Oeiras, que garante a manutenção dos comboios na linhas de Cascais, onde a situação é crítica, indicia que os trabalhadores com vínculos precários, em vez de serem admitidos nos efectivos da EMEF, empresa do grupo CP, vão ser despedidos à medida que terminem os seus contratos, o que certamente agravará a situação problemática que hoje já existe.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviária (SNTSF/FECTRANS) e a Comissão de Trabalhadores da EMEF estão, entretanto, a realizar plenários nos locais de trabalho, assim como acções de esclarecimento junto dos utentes.
«O primeiro-ministro não pode afirmar que quer combater um modelo de desenvolvimento assente em baixos salários e precariedade e depois promover, através das administrações, o despedimento colectivo de trabalhadores com vínculos precários da EMEF», afirma o SNTSF, que no dia 15 de Setembro entregou ao ministério da tutela um documento com as reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente a reposição do Acordo de Empresa e Regulamento de Carreiras, o aumento de salários, a admissão dos trabalhadores necessários e a passagem a efectivos de todos os postos de trabalho precários ou admitidos através de empresas de trabalho temporário.
No entanto, acusa agora o sindicato, «os desenvolvimentos entretanto verificados apontam para a manutenção e agravamento dos problemas existentes, que põem em causa o futuro da EMEF e dos postos de trabalho».