Pingo Doce tem de falar
Para exigir que o Pingo Doce responda aos problemas denunciados e às reivindicações apresentadas, o CESP/CGTP-IN realizou anteontem uma concentração frente à loja daquela cadeia em Matosinhos.
Os lucros milionários são obtidos à custa de intensa exploração dos trabalhadores
No estabelecimento da Rua Brito e Cunha, um problema a exigir urgente acção da empresa é a perspectiva de desemprego em Outubro, com que se confrontam 25 trabalhadores. A este propósito, o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal reafirmou a exigência de que passem a efectivos todos aqueles que estão a desempenhar funções permanentes, mas com vínculos laborais precários.
Esta acção serviu igualmente para lembrar outros problemas, que o CESP levantou há vários meses e que motivaram, em Abril, um protesto frente à sede da empresa e do Grupo Jerónimo Martins Retalho, no Campo Grande, em Lisboa, onde foi anunciada a realização de novas acções à porta de algumas lojas.
Em Matosinhos, o sindicato voltou a elencar os principais motivos de descontentamento e luta: aumento dos salários e subsídios, para todos, sem discriminação; condições de trabalho dignas; horários de trabalho regulados de acordo com o contrato colectivo em vigor, sem «banco» de horas e acabando com o horário durante a noite; respeito pelos dois dias de descanso consecutivos, tal como estipula o contrato colectivo de trabalho; fim do assédio moral e da discriminação de trabalhadores; entrada para efectivos dos trabalhadores com vínculos precários; progressão na carreira profissional para os trabalhadores dos armazéns.
Uma iniciativa semelhante teve lugar no dia 13, em Lisboa, à porta da loja na Rua 1.º de Dezembro, na baixa. Aqui foram lembradas também, como questões por resolver, a melhoria das condições de saúde e segurança (fardamento e cadeiras para as operadoras de caixa), o fim dos elevados ritmos de trabalho, o respeito pelas pausas e pelos direitos de parentalidade, o fim da repressão e intimidação (nomeadamente, perante qualquer recusa de cumprir alterações ilegais).