Reposição na Segurança Social
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais valoriza o anunciado descongelamento do acesso a carreiras superiores no Instituto de Segurança Social (ISS), mas exige a consolidação das situações de mobilidade.
O desbloqueamento de carreiras abrange cerca de 600 trabalhadores
Em comunicado emitido logo após o Conselho Directivo do ISS ter divulgado que, a partir do próximo dia 1 de Setembro, os trabalhadores nas categorias de assistente técnico e assistente operacional podiam aceder às carreiras de técnico superior (no caso de deterem licenciatura) e à de assistente técnico (no caso de possuírem habilitação equivalente ao 12.º ano), a Federação sublinhou tratar-se de uma «importante conquista».
O desbloqueamento do acesso a carreiras superiores abrange cerca de 600 trabalhadores, calcula o ISS, que informou igualmente, sexta-feira, 24, que o processo será concretizado através da mobilidade intercarreiras.
A FNSTFPS, por seu lado, destaca o facto de esta reposição dignificar o trabalho e valorizar não apenas os profissionais mas também os serviços. Acresce que se trata de uma questão de justiça, uma vez que «existem trabalhadores que, embora integrados numa carreira, desempenham e sempre desempenharam funções de [maior] complexidade».
Daí que a estrutura sindical tenha sempre reivindicado a reposição daquele direito para aqueles trabalhadores, lembra ainda FNSTFPS, para quem, contudo, é preciso que «tais situações de mobilidade sejam efectiva e definitivamente consolidadas».
A luta continua
Paralelamente, no Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I, iniciou-se, quinta-feira, 23, uma greve ao trabalho extraordinário. A Federação informa que a paralisação convocada até ao final deste ano tem como objectivo «fazer sentir que o funcionamento dos serviços que prestam cuidados de saúde primários está totalmente dependente do recurso ao “trabalho suplementar” não remunerado» que sobrecarrega os trabalhadores.
Já nas Lojas do Cidadão, a FNSTFPS está a exigir a suspensão do novo «método» de avaliação instalado pela Agência para a Modernização Administrativa. Trata-se de pedir aos utentes que avaliem a prestação dos funcionários e dos serviços carregando em botões com caras sorridentes ou carrancudas, fórmula atreita a fúrias ou simpatias conjunturais, que «enquanto sistema de desempenho vai muito além de todos os que estão em vigor», e cujo destino e tratamento dos dados recolhidos é desconhecido dos trabalhadores e das suas organizações representativas.