Alerta no handling
Esta tarde, no Aeroporto de Faro, o Sitava leva a cabo uma iniciativa de denúncia pública da «fraude» que a Ryanair ensaiou em Ponta Delgada e quer estender ao Continente, já a partir de dia 28.
O «self-handling» é pervertido e a contratação colectiva é ignorada
A instabilidade vivida no sector do handling (assistência em escala) foi agravada pelo anúncio do despedimento colectivo de centenas de trabalhadores da Portway, após a Ryanair ter decidido que prescinde dos serviços desta empresa da ANA (Grupo Vinci) nos aeroportos de Faro (a partir de 28 de Março), do Porto (2 de Junho) e de Lisboa (6 de Julho). A conhecida companhia de voos low-cost – que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, representa mais de um terço da actividade da Portway (mais de 50 por cento no Porto) – informou que passa a fazer «self-handling» (assistir os seus próprios voos), complementada pela Groundlink.
Lembrando que isto já sucede há quase um ano em Ponta Delgada, o Sitava/CGTP-IN denunciou que se trata de uma fraude à lei, a par do desrespeito da contratação colectiva. O sindicato exige que a ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) e o Governo assumam as suas responsabilidades e impeçam «as práticas laborais terceiro-mundistas da Ryanair».
Para debater a situação e alertar a opinião pública, o Sitava decidiu promover ontem um debate, num auditório do Aeroporto de Lisboa, para o qual foram convidados representantes da ANAC e dos grupos parlamentares, e onde iria intervir também o Secretário-geral da CGTP-IN. Foi feito apelo à participação de trabalhadores da Portway e da SPdH (Grupo TAP).