PCP condena atentados na Bélgica
O PCP repudia firmemente os atentados de Bruxelas, ocorridos anteontem, que provocaram mais de três dezenas de mortos e pelo menos 200 feridos. Em nota do seu Gabinete de Imprensa difundida no dia 22, que a seguir se transcreve, o PCP reitera a sua convicção de que a resposta ao terrorismo passa pelo combate às suas mais profundas causas e por uma política de relações internacionais de desanuviamento, de diálogo e de paz.
«O PCP condena firmemente os atentados hoje ocorridos em Bruxelas e expressa a sua consternação e os sentimentos de pesar aos familiares das vítimas, assim como a sua solidariedade ao povo belga.
«O PCP sublinha que o terrorismo – quaisquer que sejam as suas causas, formas e objectivos proclamados – serve sempre as estratégias e os interesses mais reaccionários e sinistros e é inseparável das políticas de exploração e opressão e da lógica do militarismo e da guerra.
«O PCP chama a atenção para os perigos de instrumentalização de genuínos sentimentos de indignação para a imposição de medidas de cariz anti-democrático e o desenvolvimento de políticas desumanas perante o drama dos refugiados ainda mais atentatórias de direitos, liberdades e garantias fundamentais, assim como para a promoção de sentimentos racistas e xenófobos que têm alimentado o crescimento de forças de extrema-direita e de cariz fascista na Europa.
«O PCP reitera ainda que a resposta a crimes como os agora perpetrados na capital belga não passa por um ainda maior pendor militarista e intervencionista da União Europeia que – como as guerras contra estados soberanos no Médio Oriente, no Norte de África e na Ásia Central comprovam – alimentam o perigoso crescimento de forças e grupos reaccionários e xenófobos e da sua acção de terror.
«A necessária resposta ao terrorismo e à lógica de conflito que o alimenta passa necessariamente pelo combate às suas mais profundas causas – políticas, económicas e sociais – e pela defesa e afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da soberania e independência dos estados e de uma política de relações internacionais de desanuviamento, de diálogo e de paz.