Os tra­ba­lha­dores da Seda Ibé­rica, lo­ca­li­zada em Paço de Arcos, Oeiras, ini­ci­aram an­te­ontem, 16, uma greve de duas horas por turno, que de­corre até ao dia 21. Em causa está o facto de a ad­mi­nis­tração da em­presa – do Grupo Seda Pac­ka­ging In­ter­na­ci­onal, líder do mer­cado por­tu­guês e em cres­ci­mento – ter re­jei­tado o ca­derno rei­vin­di­ca­tivo apre­sen­tado pelos tra­ba­lha­dores e au­men­tado os sa­lá­rios e sub­sí­dios em apenas 1,5 por cento.

Os tra­ba­lha­dores con­si­deram in­su­fi­ci­ente o valor da ac­tu­a­li­zação sa­la­rial, dado que nos úl­timos quatro anos têm vindo a perder poder de compra e di­reitos, com a re­dução dos fe­ri­ados e a di­mi­nuição do valor pago por hora ex­tra­or­di­nária.

Exigem por isso o au­mento dos sa­lá­rios para 40 euros men­sais para todos os tra­ba­lha­dores, mas também sa­lário igual para tra­balho igual; que en­trem para os qua­dros da em­presa os tra­ba­lha­dores que con­ti­nuam com vín­culos pre­cá­rios; uma maior for­mação pro­fis­si­onal para os ope­rá­rios.

Após o pe­ríodo de greve, os tra­ba­lha­dores vão voltar a reunir-se para de­ci­direm novas formas de luta a de­sen­volver.

No dia 16, os eleitos da CDU nos ór­gãos au­tár­quicos do con­celho de Oeiras es­ti­veram à porta da em­presa com os tra­ba­lha­dores, ma­ni­fes­tando apoio à luta.