Em defesa do património
O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (Starq) tornou pública uma tomada de posição sobre o estado actual do sector da Arqueologia e do Património, na qual apresenta as suas reivindicações com vista à alteração da política que tem vindo a ser seguida na área da Cultura, nomeadamente pelo anterior governo.
Em jeito de diagnóstico, num contexto da «brutal ofensiva» ao sector, o sindicato refere-se ao «esvaziamento de meios humanos e materiais» (resultado das sucessivas alterações orgânicas efectuadas pelos últimos governos), à «extrema precariedade», à «desqualificação das condições de trabalho», bem como à «redução salarial num sector maioritariamente sem acesso a contratos de trabalho».
Na área do Património Imóvel, «a situação é gritante», afirma o Starq, considerando inaceitável «a alienação indiscriminada de fortes e quartéis classificados», a «concessão a privados de monumentos e sítios» ou a «criação de estruturas de capital público ou público-privado com o claro objectivo de mercantilização da cultura».
Expressando uma «grave preocupação» pelo estado a que museus, monumentos, sítios arqueológicos e o património em geral chegaram, o sindicato afirma a necessidade de uma «política de valorização da cultura e dos seus trabalhadores» e exige: resolução dos problemas mais graves causados pelo envelhecimento dos trabalhadores em funções públicas dos museus e da tutela; estabelecimento de um plano de emergência para o património cultural; suspensão da venda ou cedência de imóveis com valor patrimonial pertencentes ao Estado que foram alvo de um plano de «rentabilização»; fim da constante precariedade dos trabalhadores do património.