Em Aljustrel o preço da factura da água pode subir, em média, 20 por cento, advertem, em nota de imprensa, os vereadores da CDU na Câmara Municipal.

Os argumentos apresentados pelo executivo do PS na autarquia para este aumento prendem-se com as imposições por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). No entanto, os eleitos do PCP, aquando da aprovação do Regulamento Municipal de Gestão de Resíduos Urbanos de Aljustrel, verificada a 2 de Setembro de 2015, o qual pretendia responder às exigências da ERSAR, alertaram para o facto de estes regulamentos poderem ser utilizados para aumentos progressivos das tarifas a cobrar aos consumidores.

Os vereadores alertaram ainda o executivo PS para as diversas situações e omissões nas propostas de regulamentos, que seria conveniente acautelar e esclarecer, como, por exemplo, a definição dos escalões para consumo, desconhecendo-se as tarifas a aplicar e como seria feita a transição do actual tarifário para o novo.

«Estas medidas impostas, ou por acção própria, resultam, em regra, em aumentos de encargos para as famílias, e, ainda, poderão levar a descontrolos das contas das autarquias», advertem os comunistas, recordando o endividamento que o município tem com as Águas Públicas do Alentejo.

Por tudo isto, os vereadores da CDU entendem que «estão reunidas condições políticas caso os municípios, incluindo o de Aljustrel, assim o queiram, exigir do Governo medidas efectivas que garantam a gestão pública da água, reafirmando a necessidade de assegurar o impedimento da privatização dos sistemas, e que a água seja tratada como um bem de primeira necessidade, acessível a todos os cidadãos e não como um objecto de negócio».