Lutar pelo direito a estudar
Nos dias 10 e 24 de Março, os estudantes do ensino básico e secundário, de Norte a Sul do País, vão exigir mais financiamento para a Educação.
O acesso à Educação é um direito de todos
As associações de estudantes (AE) das escolas secundárias de Santa Maria, Sintra, Sebastião da Gama, Setúbal, e Silves, Algarve, lançaram, no início da semana, um apelo para que todos os estudantes se juntem no dia 10 de Março «pela escola a que temos direito: pública, gratuita e de qualidade», e, a 24 de Março, Dia do Estudante, celebrem «o direito à Educação, exigindo a resolução dos problemas concretos das respectivas escolas».
Quando a falta de condições nas escolas é notório, os estudantes dão conta da «existência de turmas sobrelotadas, com mais de 30 alunos, porque faltam professores», condenam o «encerramento de papelarias, bares e bibliotecas em determinados períodos do dia, motivado pela falta de pessoal» e alertam para a «inexistência de aquecimento nas salas de aula».
No documento, onde se exige o «retorno das obras paradas» e o «fim das aulas em contentores ou em salas de aula degradadas», critica-se ainda o «aumento dos custos de frequência do ensino, causados pelo fim do desconto no Passe Escolar 4_18 e pelo custo dos materiais e manuais escolares», o facto de a Acção Social Escolar abranger «cada vez menos estudantes», os «atrasos nos apoios para os estudantes dos cursos profissionais», a «desvalorização da avaliação contínua» e os «exames nacionais, que afastam todos os anos milhares de estudantes do Ensino Superior».