As iniciativas foram decididas no passado fim-de-semana, numa reunião conjunta realizada em Faro. «Pese embora a derrota do governo PSD/CDS, continuam os ataques e a evidente degradação dos serviços com que os utentes do SNS se defrontam diariamente no Algarve», denunciam, em nota de imprensa, as comissões de utentes, salientando que, neste «tempo de luta», é «altura de os utentes e as populações exigirem a reposição de serviços e valências», de forma a melhorar os «cuidados de saúde pública da nossa região».

Os utentes contestam, por exemplo, que «com a criação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o Hospital de Faro centralize as valências de outros hospitais», acabando com «a proximidade dos cuidados de saúde» e «tornando-se incapaz de resolver problemas, sem recorrer a transferências de doentes para Lisboa».

As críticas estendem-se ainda ao facto de no Algarve não existir cirurgia pediátrica, vascular e cardiotorácia, e de o Hospital de Lagos estar «cada vez mais abandonado».

De igual forma, nas urgências do Hospital do Barlavento Algarvio «a destruição do quarto de isolamento resultou em surto de tuberculose», existindo ainda «elevados tempos de espera para intervenções cirúrgicas, falta de especialistas e de material consumível». Neste hospital, onde há falta de obstetras e pediatras, está ainda em perspectiva o encerramento do bloco de partos.