Comício de abertura da campanha de Edgar Silva

Por um Portugal com futuro

«Aqui estamos por um Portugal com futuro», clamou Edgar Silva em ambiente de entusiasmo, quase no final do comício de abertura da campanha eleitoral da sua candidatura, que no domingo, dia 10, encheu o Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Antes, Jerónimo de Sousa sublinhou que votar em Edgar Silva diminui as hipóteses de vitória de Marcelo Rebelo de Sousa, o candidato do PSD e do CDS, e constitui o reforço do «amplo movimento dos democratas e patriotas que lutam por uma verdadeira mudança, capaz de garantir o progresso e o desenvolvimento para o País».

«Esta é a candidatura dos que não se resignam»

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Casa cheia no Porto para o comício primeiro da campanha eleitoral de Edgar Silva. Como destacou Olga Dias, que teve a cargo a apresentação, juntamente com Cândido Mota, o pavilhão encheu-se com a cor, a alegria e o entusiasmo de todos os que quiseram apoiar uma candidatura que tem vindo a crescer e que soma apoios desde que foi lançada, em Outubro. A ajudar à festa, enquanto a bancadas se compunham, actuaram, sob intensos aplausos e acompanhamento dos muitos que conheciam as letras, o Grupo Coral dos Reformados de Campo e Sebastião Antunes. 
Antes e depois das cantorias, Cândido Mota destacou o facto de «esta ser uma candidatura distinta de todas as outras, a de um homem justo, que toma partido, que assume claramente o lado dos trabalhadores e dos explorados, a luta pelos direitos do povo e se empenha na defesa de uma vida melhor». «Este é um tempo em que, após décadas de políticas de direita, se impõe como necessário e indispensável o cumprimento da Constituição e a defesa dos valores de Abril», disse ainda noutra intervenção intervalar.
 

Candidatura dos que não se resignam

Edgar Silva salientou, na sua intervenção, a «intensa acção de esclarecimento e mobilização», o «intenso percurso construído», em que, sem dissimulações, a sua candidatura disse quem era e ao que andava: afirmando o valor destas eleições, o compromisso com a defesa da Constituição, o propósito de travar o caminho ao candidato da direita, recusando vitórias antecipadas.
A chegada ao comício de domingo é inseparável de uma estrada feita de contacto directo com a realidade nacional, sublinhou, antes de dar múltiplos exemplos das iniciativas levadas a cabo com trabalhadores, populações, empresas, instituições. Neste contexto, afirmou, foi possível à sua candidatura confirmar como o País possui recursos, saberes e potencialidades para assegurar o desenvolvimento de um Portugal soberano.

«Esta é a candidatura dos que não se resignam a um País empobrecido», disse, antes de referir outras marcas distintivas: dos que não se conformam com a alienação de parcelas da soberania nacional, dos que não aceitam a ditadura dos eurocratas, dos que não desistem de edificar em Portugal uma democracia avançada.

Derrotar a direita

O candidato da direita, Marcelo Rebelo de Sousa, será derrotado, pese embora a enxurrada de comentários, inquéritos e sondagens a apontar para «determinismos e fatalismos», e por mais que o próprio disfarce os seus apoios e proclame a sua independência, afirmou Edgar Silva. «Já se sabia que Passos, Portas e Cavaco» iam juntar os votos «no caldeirão de Marcelo»; agora, ficou-se a saber que Durão Barroso – o do abraço a Bush na agressão ao Iraque, o que, na Comissão Europeia, se uniu a Merkel para esmagar os interesses nacionais – vê em Marcelo o modelo perfeito de presidente, acrescentou.
No dia 24, os trabalhadores, os democratas, os patriotas, todos os portugueses que não querem ver o seu voto misturado com os de Portas, Passos, Cavaco ou Durão irão votar e contribuir para a derrota do seu candidato, sublinhou, reafirmando que, enquanto Presidente da República, todos podem contar com a sua intervenção na defesa da justiça social, da recuperação dos direitos, do direito à educação, à cultura, à saúde. No dia 24, «com o voto de cada um e de todos, daremos força à nossa candidatura», disse, e, apelando a todos que se ergam pela liberdade, pela democracia, pela igualdade e por Abril, insistiu: «Tomemos nas nossas mãos a construção de um Portugal com futuro.» (ver págs. 6 e 7)

 

Importantíssima batalha

A intervenção de Edgar Silva, fortemente aplaudida e amiúde interrompida por palavras de incentivo, foi precedida por outras intervenções ao longo da tarde. Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, caracterizou esta candidatura como a «de todos os que aspiram a ter na Presidência da República uma pessoa capaz de afirmar Abril e cumprir e fazer cumprir a Constituição (CRP)», e, a duas semanas do acto eleitoral, sublinhou que temos pela frente «uma batalha importantíssima para inviabilizar qualquer pretensão de regresso às políticas que conduziram a uma acelerada degradação da situação económica e social e criar as condições para assegurar o aprofundamento das alterações positivas resultantes das últimas eleições legislativas».
Assim, torna-se imperioso convocar todas as nossas energias, capacidades, disponibilidade e determinação – disse – para ampliar a corrente de simpatia e apoio à candidatura de Edgar Silva, e a afirmação que esta faz de um projecto de democracia, desenvolvimento, justiça social e soberania nacional consagrado na CRP.

Referindo-se à forte demonstração de apoio «à nossa candidatura» que foi o comício no Rosa Mota, Jerónimo de Sousa disse ter confiança que, no dia 24, os portugueses não se deixem iludir, nem impressionar «pela bem urdida campanha mediática que está em curso a favor do candidato apoiado pelos partidos derrotados em Outubro» – Marcelo Rebelo de Sousa. Uma campanha «metódica e nada inocente», em que tudo se faz para «favorecer a candidatura que os grandes grupos económicos e financeiros sabem que serve os seus interesses e propósitos de domínio da vida do País», disse. (ver págs. 8 e 9)

Candidato com valores

A presidir ao comício no Porto esteve uma delegação de apoio à candidatura de Edgar Silva; José Ernesto Cartaxo, mandatário nacional; Heloísa Apolónia, deputada e membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes»; Albano Nunes, Jaime Toga, João Frazão e Patrícia Machado, dos organismos executivos do Comité Central do PCP; Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP; e Edgar Silva.
Heloísa Apolónia também interveio no comício, tendo começado por sublinhar o gosto que tinha em estar ali, a apoiar directa, expressa, presencialmente a candidatura de Edgar Silva. Justificou esse apoio com os valores que associa ao candidato: capacidade de trabalho notável; proximidade com as pessoas e os seus problemas; um combate à pobreza que não assenta na caridade; a defesa que faz das questões ambientais, nomeadamente pela oposição à privatização dos recursos naturais; por se apresentar sem máscara, ao contrário de outros.

A este propósito, destacou que Marcelo Rebelo de Sousa é da mesma escola política de Cavaco Silva e sublinhou a importância de que não chegue à Presidência da República um candidato – Maria de Belém também foi mencionada – que dá garantias às elites económicas e financeiras.

Homem justo

As duas primeiras intervenções políticas estiveram a cargo de Sara Alves, membro da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação do Porto, e de Valdemar Madureira, mandatário da candidatura no distrito do Porto. Se a primeira destacou as dificuldades com que os jovens se confrontam – desemprego, emigração forçada, precariedade laboral – e sublinhou a importância de ter na Presidência da República quem defenda a CRP, o segundo fez um retrato do empobrecimento do País, dando especial ênfase ao distrito do Porto, como resultado de décadas de política de direita. Sublinhou, para além disso, a passividade e a cumplicidade dos presidentes da República com esta política, e, neste sentido, defendeu a necessidade de um homem justo na Presidência da República, alguém que cumpra e faça cumprir a CRP. Esse «alguém» é Edgar Silva, que – disse – enfrenta uma batalha política difícil, «alvo de silenciamento e discriminação».




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