Cretinismo reaccionário
Vasco Pulido Valente é o nome artístico de Correia Guedes, escrevinhador do «Público», ex-secretário de Estado de Sá Carneiro, ex-apoiante de Mário Soares e ex-deputado do PSD que se demitiu «desiludido» com a «actividade parlamentar», e cujos textos são exemplo de manipulação e tortura da verdade e da história do País e do mundo, na deriva das suas frustrações, ódios de classe e anticomunismo.
Correia Guedes, ainda em ressaca da derrota do PSD/CDS e das suas «elites», opinou no domingo que Lenine – que o PCP «já não sabe quem foi» e «de que não leu uma palavra» – desaprovaria as «alianças» dos comunistas, «como as de agora com o PS», seriam «puro «cretinismo parlamentar», coisa que, diz ele, só Estaline viria a «permitir» «meia dúzia de vezes», mas sem «abolir o princípio».
Mais diz que o PCP é uma «organização semi-secreta», cuja «Comissão Central ninguém conhece», nem «as finanças do Partido», «quem manda», o que «quer e para onde vai» e que o PCP «continua quieto e calado», «sem mostrar vestígio de uma ideia».
Diz Correia Guedes que o País está agora governado por uns «senhores sem cara, que decidem o que lhes convém à nossa revelia», «ora por enquanto nem o Exército Vermelho resolveu acampar no Terreiro do Paço». «O Dr. António Costa, que usa o título de primeiro-ministro», que «depende» do PCP, com quem anda a «negociar», devia «informar o público» e cumprir «as regras» da «democracia», mas «adoptou os costumes dos seus presentes patrões« – o PCP – e «não abre a boca».
A extensa transcrição serve para mostrar a insanidade de Correia Guedes. Não pelo pouco que vai pesar – é só mais um publicista ao serviço de todas as classes exploradoras da história da humanidade e do salazarismo tardio, cujo cretinismo reaccionário confunde o umbigo com o País e os interesses nacionais com a sua conta bancária –, mas porque a mágoa, que transparece de tanto ódio e mentira, é mais um bom indício de que o PCP andou bem nos passos que permitiram afastar PSD e CDS do governo, na ofensiva para recuperar para os trabalhadores e o povo direitos e rendimentos roubados e ao tornar possível que o Governo PS entre em funções.
O PCP anda e andará bem no caminho de Lenine, no nosso rumo, de democracia avançada e de socialismo para o nosso País.