Respostas a problemas e anseios
Referenciadas positivamente por Jerónimo de Sousa foram as propostas, acolhidas no Programa do Governo, destinadas a responder a problemas concretos dos trabalhadores e do povo, fruto das convergências a que foi possível chegar entre o PS e PCP.
Recordando que «este Programa não é o Programa do PCP» – «é um Programa do Governo do PS», no qual se «reconhece que foram erradas as políticas promovidas nos últimos anos», vincou –, o líder comunista não deixou de registar a «vontade de mudança» nele expressa e afirmou a disponibilidade do PCP em contribuir «para que a vida a confirme».
Em causa está um conjunto de medidas como, enumerou, a reposição de salários, descongelamento das pensões, reposição dos complementos de reforma dos trabalhadores do Sector Empresarial do Estado e de outros rendimentos e direitos, incluindo feriados, prestações sociais, medidas de combate à precariedade, aos falsos recibos verdes, ao recurso abusivo a estágios ou de conversão de bolsas em contratos de investigação.
Mas também, acrescentou, «medidas de diminuição da carga fiscal», nomeadamente do IVA da restauração, introdução da cláusula de salvaguarda do IMI, dotação dos recursos humanos, técnicos e financeiros necessários à qualidade dos cuidados de saúde prestados pelo SNS, eliminação desse obstáculo que têm sido as taxas moderadoras no acesso à saúde ou a reposição do transporte de doentes não urgentes.
Um «importante conjunto de medidas» está também previsto em matéria de Educação, salientou o Secretário-geral do PCP, apontando, designadamente, as que visam o reforço da Acção Social Escolar, a progressiva gratuitidade dos manuais escolares no ensino obrigatório ou a redução do número de alunos por turma.
«Tal como em relação a outros serviços públicos, nomeadamente da Segurança Social e dos transportes», concluiu.