Congresso da US Santarém
Na Escola Superior de Educação de Santarém, sob o lema «Organizar no distrito, reforçar a luta de quem trabalha», realizou-se no dia 6, sexta-feira, o 9.º Congresso da estrutura distrital da CGTP-IN.
Na reunião magna da União dos Sindicatos de Santarém foi analisada a evolução da situação dos trabalhadores e foi feito o balanço da actividade sindical realizada nos últimos quatro anos. Esta análise e as linhas de orientação para o próximo quadriénio ficaram expressas no Programa de Acção aprovado no Congresso.
A ofensiva do capital e do Governo PSD/CDS, como aí se refere, teve graves consequências no distrito, que tem hoje um salário médio 14 por cento inferior ao nacional e onde a precariedade atinge 39 por cento dos jovens até aos 35 anos. Assinala-se que a situação «não é pior porque os sindicatos da CGTP-IN e as estruturas intermédias dinamizaram inúmeras lutas que serviram como travão para a política de exploração e empobrecimento dos trabalhadores e de enriquecimento dos grandes grupos económicos e financeiros».
A USS/CGTP-IN apontou um conjunto de medidas para «um distrito mais justo para quem trabalha», salientando que para tal «é necessário um movimento sindical unitário mais forte, mais reivindicativo, mais assertivo e inserido no quotidiano de mais locais de trabalho».
Foi assumido o compromisso de conseguir, até 2019, a sindicalização de cinco mil trabalhadores e a eleição de 150 delegados sindicais e cem representantes em Saúde e Segurança no Trabalho.
Foi eleita a direcção da USS, constituída por 27 elementos, 14 dos quais não faziam parte do órgão no anterior mandato.
Foi apresentado um estudo sócio-económico sobre o distrito. Foram aprovadas uma Proclamação e uma moção de solidariedade com as lutas dos trabalhadores, destacando a que se trava na Unicer pela defesa dos postos de trabalho.
Esta segunda-feira, dia 16, a USS informou que a greve de uma hora por turno, que vai decorrer até amanhã, dia 20, começou com uma adesão de mais de 90 por cento, entre os trabalhadores ligados à produção e enchimento (70 por cento, na média geral), que provocou a paragem da produção.