CGTP-IN marca concentração na AR

Força à rejeição

Na reunião extraordinária da Comissão Executiva da CGTP-IN, ontem de manhã, em Lisboa, foi salientado que, mudada a maioria no Parlamento, é preciso mudar de política.

A Inter exige respostas às reivindicações dos trabalhadores

Pouco antes do final da reunião, cujas conclusões iriam ser divulgadas em conferência de imprensa já após o fecho desta edição, Deolinda Machado adiantou, em declarações ao Avante!, o essencial das decisões já tomadas. Entre estas, destaca-se a realização de uma concentração junto à Assembleia da República, no dia em que for apresentado o programa do Governo PSD/CDS que vai ser empossado amanhã.
Não se conhecendo ainda a data precisa, a Executiva decidiu que a mobilização geral de trabalhadores, para dar força à rejeição que espera o Governo no hemiciclo, envolverá os distritos de Lisboa e Setúbal, mas deverão ali deslocar-se igualmente dirigentes de delegados sindicais das demais regiões. A Inter pretende «dar força à derrota do Governo PSD/CDS e da política da direita», depois de o resultado das eleições legislativas ter determinado «a alteração da correlação de forças na AR, criando condições para uma política de esquerda e soberana».
«Mudou a maioria, é preciso mudar a política», disse a dirigente da Intersindical, acrescentando que a central vai persistir nas exigências e propostas que foram reafirmadas no recente Plenário Nacional de Sindicatos. «Vamos ter que acabar com as normas da caducidade e sobrevigência dos contratos colectivos, vai-se exigir a reposição dos feriados, vamos reclamar respostas para as reivindicações que os trabalhadores estão a colocar no sector público e no sector privado», destacou.

Uma formalidade

Anteontem, em declarações aos jornalistas após uma reunião com o Grupo Parlamentar do PCP, Arménio Carlos desvalorizou a apresentação do elenco do Governo por Passos Coelho. O Secretário-geral da CGTP-IN considerou tratar-se de «uma formalidade, para dar correspondência a um compromisso assumido pelo Presidente da República com o PSD e o CDS, para concretizar um contrato de curtíssima duração».

 



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