Em greve no feriado
No dia 15, sábado, voltaram a fazer greve muitos trabalhadores de empresas que asseguram o funcionamento de cantinas em hospitais e outros locais de trabalho, em protesto contra a violação do contrato colectivo no que diz respeito ao pagamento do trabalho prestado em dias feriados. O Sindicato da Hotelaria do Norte informou que «hoje, mais uma vez, verifica-se grande adesão em várias das cantinas, algumas com adesões de perto de 100 por cento, como são os casos das cantinas dos hospitais de Penafiel, Viana do Castelo e Ponte de Lima e da cantina da RTP Porto».
Numa nota publicada na sua página na rede social Facebook, o sindicato da Fesaht/CGTP-IN lembrou que «as empresas deviam pagar o trabalho em dia feriado com um acréscimo de 200 por cento, como sempre pagaram até Julho de 2012». Por orientação da associação patronal Ahresp, o contrato colectivo de trabalho está a ser violado desde Janeiro nesta matéria.
O sindicato reclamou junto das empresas e da Ahresp, que mantiveram a situação. A Autoridade para as Condições do Trabalho está alertada desde Fevereiro, mas ainda não levantou qualquer auto, sendo por isso acusada de estar conivente com as empresas.
«Os trabalhadores continuam a lutar contra esta injustiça e esta ilegalidade, fazendo greve ao trabalho nos feriados», mas o sindicato previne que «só uma verdadeira alternativa política melhorará a vida dos trabalhadores depois das eleições».
Em Fátima, no dia 14, o Sindicato da Hotelaria do Centro promoveu uma jornada de contacto com os trabalhadores de hotéis, restaurantes e similares, apelando à luta contra a precariedade, por melhores salários e em defesa da contratação colectiva. Foi também distribuído um documento à população, a explicar os argumentos dos trabalhadores.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve anunciou para 27 de Agosto e 1 de Setembro «uma série de acções de denúncia pública, junto a algumas unidades hoteleiras», para exigir que a associação patronal AIHSA dê cumprimento ao acordo alcançado com o sindicato a 9 de Fevereiro. As novas tabelas salariais, com um aumento médio de dois por cento, deveriam estar em vigor desde 1 de Março, mas a AIHSA não as enviou para publicação oficial.
Também na região, como refere o sindicato na nota de imprensa de dia 10, o sector está de boa saúde, apresenta resultados históricos e houve milhões de euros canalizados pelo Governo para as empresas, enquanto os trabalhadores vêem degradar-se as suas condições de vida e trabalho, estando a maioria deles sem aumentos salariais há mais de cinco anos.