E as minas?

A saída de pessoal das Minas da Panasqueira – que a multinacional japonesa Sojitz Beralt Tin & Wolfram, empresa concessionária da exploração, prevê continuar até ao fim do ano, de modo a atingir uma redução de cem trabalhadores – e a redução do preço do volfrâmio no mercado internacional suscitaram preocupações que o PCP expressou em perguntas aos ministérios do Emprego e da Economia, apresentadas na AR a 23 de Julho. Ali é extraído volfrâmio de alta qualidade, considerado mesmo o melhor do Mundo, como confirmou a descoberta de um novo filão, pelo que as minas são rentáveis e têm futuro. Mas, refere-se na pergunta, praticamente não há investimento no processo produtivo, na saúde e segurança, na formação.

O Partido lembra que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira tem acompanhado a situação.

O PEV, que igualmente levantou a questão, numa pergunta ao Ministério do Ambiente, recordou que a exploração dos recursos geológicos foi uma das bandeiras do Governo e Álvaro Santos Pereira, então ministro da Economia, chegou a anunciar que só em Torre de Moncorvo o investimento seria de cerca de 3,5 mil milhões de euros. Os Verdes citam o secretário de Estado do Ambiente, que em Março enalteceu a importância das Minas da Panasqueira e asseverou que «tudo se fará para que esse investimento continue», e perguntam «que diligências foram efectivadas» para tal.

Ambos os partidos alertam para as muito graves consequências económicas e sociais que teria o abandono da exploração mineira, tanto para os concelhos da Covilhã e do Fundão, como para o País.

 



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