Actor e militante comunista

Faleceu Mário Jacques

Faleceu, aos 75 anos, Mário Jacques, actor e militante do PCP desde 1962. Estreou-se em 1960 no Teatro Experimental do Porto, a sua cidade natal. Estudou em escolas de teatro em França, indo em 1982 para Moscovo, onde estudou no Instituto de Arte Dramática Lunatcharski e no Teatro Mayakovski.

Foi residente na Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, sedeada no Teatro Nacional D. Maria II, passou pelo Teatro Hoje, Malaposta e Aloés e fundou, com Mário Barradas e Fernanda Alves, o Grupo de Teatro Os Bonecreiros, que, como lembra o Secretariado do Sector Intelectual de Lisboa do Partido, «teve um notável papel de resistência cultural nos últimos anos do fascismo, com espectáculos proibidos pela censura, tendo de actuar em salas improvisadas».

Mário Jacques, realça ainda a nota do PCP, «interpretou peças de vários dos maiores dramaturgos e integrou o elenco de filmes dos maiores realizadores portugueses, tendo tido também passagens pela televisão. Escreveu e traduziu várias obras sobre teatro». Pela sua actividade dramática, foi laureado em 1990 com o Prémio de Interpretação Masculina Palmira Bastos/António Silva, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.

Ao longo da sua vida, Mário Jacques teve uma «intensa e estreita ligação» ao Partido, tendo sido membro da célula do Teatro e da Direcção do Sector Intelectual da ORL do PCP. Activista do Sindicato dos Trabalhadores do Espectáculo (STE), foi membro da sua direcção, coordenador entre 1985 e 1993 e presidente da Assembleia-geral até 1997.




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