Empobrecimento confirmado

O PCP co­mentou, no dia 23, os dados da exe­cução or­ça­mental de 2014, di­vul­gados nesse mesmo dia. O Par­tido co­meça desde logo por su­bli­nhar o au­mento da carga fiscal sobre os tra­ba­lha­dores, os re­for­mados e os pen­si­o­nistas: as verbas pro­ve­ni­entes do IRS au­men­taram 538 mi­lhões de euros e as de IVA 563 mi­lhões. Do mesmo modo, as ca­madas la­bo­ri­osas viram crescer o valor das con­tri­bui­ções para a Se­gu­rança So­cial em 859 mi­lhões de euros, pro­ve­ni­ente so­bre­tudo do agra­va­mento das con­tri­bui­ções para a Caixa Geral de Apo­sen­ta­ções dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica.

Já do lado da des­pesa, o prin­cipal con­tri­buto veio da forte re­dução das des­pesas com in­ves­ti­mento pú­blico, in­fe­rior em 721 mi­lhões de euros. Ao mesmo tempo que a carga fiscal au­mentou em cerca de mil mi­lhões de euros, a re­forma do IRC apro­vada pelo Go­verno, com o apoio do PS, «per­mitiu às grandes em­presas baixar a des­pesa com IRC em 578 mi­lhões de euros», menos 11,3 por cento do que em 2013, de­nuncia o Par­tido.

Mas o agra­va­mento da carga fiscal não foi o único facto de em­po­bre­ci­mento dos tra­ba­lha­dores, dos re­for­mados e das suas fa­mí­lias: eles foram, também, pe­na­li­zados com as re­du­ções do abono de fa­mília (menos 24 mi­lhões de euros), do com­ple­mento so­li­dário para idosos (menos 56 mi­lhões de euros), do ren­di­mento so­cial de in­serção (menos 20 mi­lhões de euros) e do sub­sídio de de­sem­prego (menos 500 mi­lhões de euros). O Pro­grama de Emer­gência So­cial, «que mais não é do que a sopa dos po­bres do sé­culo XXI, atingiu no úl­timo ano os 209 mi­lhões de euros», acres­centa o Par­tido, para quem só a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita po­derá in­verter este «ca­minho de de­sastre».




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