Com dedicação, tudo se faz
Lançada há quatro meses, a campanha nacional de fundos para a aquisição da Quinta do Cabo está a despertar o interesse de muita gente, dentro e fora do Partido. No caso da freguesia lisboeta da Ajuda, sente-se mesmo uma «vontade muito grande de participar, de contribuir, de ajudar», sublinha Natacha Amaro, responsável pela organização. Aliás, logo que a campanha se tornou pública algumas pessoas dirigiram-se a militantes locais do Partido dizendo que «queriam contribuir, que queriam ajudar a comprar o terreno».
O bom ambiente que se vive em torno da campanha sentiu-se desde o início, na própria definição da meta por parte da Comissão de Freguesia, corrigindo – para cima – a que fora proposta pela Direcção da Organização da Cidade de Lisboa. Estabelecido ficou, desde logo, o cumprimento dos objectivos por tranches: 25 por cento até Dezembro de 2014; 60 por cento ao longo de 2015 e os restantes 15 por cento nos primeiros quatro meses de 2016, altura em que a campanha deverá estar concluída. «Chegámos ao fim de 2014 com 40 por cento da meta total da freguesia atingida», valorizou Natacha Amaro.
Se o entusiasmo explica muito destes resultados, a capacidade de planeamento e organização revelada pela Comissão de Freguesia fez o resto: logo em Setembro, foi delineado um plano de trabalho específico para a recolha de fundos. Dele constava o contacto com militantes e independentes e a definição de um calendário de iniciativas cuja receita seria totalmente canalizada para a campanha. Dando o exemplo, os membros da Comissão de Freguesia decidiram nesta altura qual o compromisso com a campanha: uns entregaram o valor na totalidade, outros fá-lo-ão de forma faseada.
Trabalho, muito trabalho
As medidas definidas «resultaram muito bem», sublinha Natacha Amaro, referindo-se ao «retorno significativo» que foi conseguido nos contactos realizados: «alguns dos militantes e amigos que contribuíram fizeram-no por inteiro, isto é, não fasearam a entrega do valor do compromisso, optando por uma entrega total».
Se isto ajudou aos bons resultados verificados logo no início da campanha, obriga ao mesmo tempo a um «esforço suplementar na continuação dos contactos, pois os compromissos actualmente “em curso” não são suficientes para atingir a meta». Assim, há que «continuar a contactar e a trabalhar». Também as iniciativas «têm corrido bastante bem, até do ponto de vista financeiro», o que se deve ao facto de os quadros mais responsáveis do Partido na freguesia terem sempre presente a prioridade da campanha face a outras tarefas, valoriza a responsável.
Apesar do auspicioso arranque, ainda não está no horizonte dos comunistas da Ajuda a definição de novas e mais arrojadas metas. Cumprir o que já está definido continua a ser o objectivo, sendo certo que «se o curso das coisas se mantiver, a meta será atingida antes do prazo final». Se isto se confirmar, aí sim, serão estabelecidos novos objectivos. Até lá, garante Natacha Amaro, há muito trabalho pela frente. No Verão, com a proximidade da Festa do Avante!, a campanha dará um «novo salto em frente», confia.