Ruptura necessária e inadiável
Jerónimo de Sousa esteve no dia 17 em Alcácer do Sal a participar num comício inserido na acção nacional do PCP «A Força do Povo por um Portugal com Futuro – uma Política Patriótica e de Esquerda».
O País precisa de uma verdadeira mudança e não de falsas soluções
O País precisa de «romper com esta trajectória de retrocesso e declínio nacional», afirmou o Secretário-geral do PCP no comício da passada sexta-feira, realizado num auditório municipal repleto. Esta é mesmo a tarefa central que está colocada aos trabalhadores e ao povo português, de cuja luta depende em grande medida a sua concretização.
Garantindo que o País não pode «adiar por mais tempo uma mudança de rumo», Jerónimo de Sousa deixou claro que esta terá que ser uma «verdadeira mudança» e não as «soluções de mera alternância» que têm sido protagonizadas por PS, PSD e CDS. A mudança necessária exige «múltiplas rupturas» com o caminho que vem sendo seguido e não «rupturas faz-de-conta dos que, como o PS, continuam amarrados às grandes orientações que estruturam a política de direita aqui e na União Europeia», precisou.
Ora, sublinhou o dirigente comunista, todas estas falsas soluções são «incapazes de dar resposta aos três grandes constrangimentos que estão presentes na sociedade portuguesa: os níveis brutais da dívida pública e da dívida externa, a integração monetária no euro e o seu colete-de-forças que limita a nossa soberania e o nosso desenvolvimento, e a dominação financeira da banca privada». Confrontados com uma proposta concreta do PCP visando precisamente romper com estes constrangimentos, os partidos da troika interna uniram-se para o rejeitar.
A mudança que o PCP propõe alia, portanto, a renegociação da dívida, a preparação do País para a saída do euro e o controlo público do sector financeiro com medidas como a valorização de salários e pensões, a defesa dos serviços públicos e funções sociais do Estado, a adopção de uma política fiscal que poupe as camadas antimonopolistas e que tribute os rendimentos do grande capital e a afirmação do primado dos interesses nacionais. Esta proposta, corporizada na política patriótica e de esquerda que defende, visa «pôr fim à espiral de austeridade, extorsão e confisco, ao declínio económico, à injustiça, ao empobrecimento e ao rumo de afundamento nacional».
Degradação constante
Passando em revista a situação do País, que se agrava a cada dia que o Governo PSD/CDs está em funções, o Secretário-geral do Partido referiu-se em particular à situação em sectores tão sensível como a Educação, a Saúde e a Segurança Social. Na Educação, Jerónimo de Sousa denunciou o facto de o ano lectivo estar já comprometido, com «milhares de alunos sem aulas e milhares de professores por colocar». A demissão, nesse mesmo dia, do secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, invocando razões éticas e pessoais, mereceu do dirigente comunista o seguinte reparo: «o que era bom para o País é que fosse o Governo todo.»
Na Saúde, Jerónimo de Sousa usou, para ilustrar o que se passa um pouco por todo o País, o exemplo do Alentejo, onde faltam profissionais nos hospitais e centros de saúde, há muitos utentes sem médico de família, ao mesmo tempo que crescem as dificuldades de acesso aos serviços, na sequência da retirada do direito ao transporte dos doentes não urgentes.
A concentração e extinção de tribunais e o crescente esvaziamento das funções do sistema de Segurança Social e do «seu papel na resposta às situações de adversidade no desemprego, na doença, na velhice, na infância, na pobreza extrema» mereceu também a crítica de Jerónimo de Sousa.
Garantindo que o País não pode «adiar por mais tempo uma mudança de rumo», Jerónimo de Sousa deixou claro que esta terá que ser uma «verdadeira mudança» e não as «soluções de mera alternância» que têm sido protagonizadas por PS, PSD e CDS. A mudança necessária exige «múltiplas rupturas» com o caminho que vem sendo seguido e não «rupturas faz-de-conta dos que, como o PS, continuam amarrados às grandes orientações que estruturam a política de direita aqui e na União Europeia», precisou.
Ora, sublinhou o dirigente comunista, todas estas falsas soluções são «incapazes de dar resposta aos três grandes constrangimentos que estão presentes na sociedade portuguesa: os níveis brutais da dívida pública e da dívida externa, a integração monetária no euro e o seu colete-de-forças que limita a nossa soberania e o nosso desenvolvimento, e a dominação financeira da banca privada». Confrontados com uma proposta concreta do PCP visando precisamente romper com estes constrangimentos, os partidos da troika interna uniram-se para o rejeitar.
A mudança que o PCP propõe alia, portanto, a renegociação da dívida, a preparação do País para a saída do euro e o controlo público do sector financeiro com medidas como a valorização de salários e pensões, a defesa dos serviços públicos e funções sociais do Estado, a adopção de uma política fiscal que poupe as camadas antimonopolistas e que tribute os rendimentos do grande capital e a afirmação do primado dos interesses nacionais. Esta proposta, corporizada na política patriótica e de esquerda que defende, visa «pôr fim à espiral de austeridade, extorsão e confisco, ao declínio económico, à injustiça, ao empobrecimento e ao rumo de afundamento nacional».
Degradação constante
Passando em revista a situação do País, que se agrava a cada dia que o Governo PSD/CDs está em funções, o Secretário-geral do Partido referiu-se em particular à situação em sectores tão sensível como a Educação, a Saúde e a Segurança Social. Na Educação, Jerónimo de Sousa denunciou o facto de o ano lectivo estar já comprometido, com «milhares de alunos sem aulas e milhares de professores por colocar». A demissão, nesse mesmo dia, do secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, invocando razões éticas e pessoais, mereceu do dirigente comunista o seguinte reparo: «o que era bom para o País é que fosse o Governo todo.»
Na Saúde, Jerónimo de Sousa usou, para ilustrar o que se passa um pouco por todo o País, o exemplo do Alentejo, onde faltam profissionais nos hospitais e centros de saúde, há muitos utentes sem médico de família, ao mesmo tempo que crescem as dificuldades de acesso aos serviços, na sequência da retirada do direito ao transporte dos doentes não urgentes.
A concentração e extinção de tribunais e o crescente esvaziamento das funções do sistema de Segurança Social e do «seu papel na resposta às situações de adversidade no desemprego, na doença, na velhice, na infância, na pobreza extrema» mereceu também a crítica de Jerónimo de Sousa.