Prova de avaliação dos professores

Insistir na humilhação

Numa ati­tude im­pe­di­tiva da acção fis­ca­li­za­dora dos de­pu­tados sobre o Go­verno e de ma­ni­festa pro­tecção do ti­tular da pasta da Edu­cação, a mai­oria PSD/​CDS-PP in­vi­a­bi­lizou sexta-feira pas­sada, 18, a ida de Nuno Crato à co­missão de Edu­cação, Ci­ência e Cul­tura para prestar es­cla­re­ci­mentos sobre a mar­cação da prova de ava­li­ação dos pro­fes­sores con­tra­tados.

A ini­ci­a­tiva partiu do PCP e surgiu no pró­prio dia, 17, em que foi pu­bli­cado em Diário da Re­pú­blica o des­pacho go­ver­na­mental que marcou a prova para esta terça-feira, 22, ou seja com apenas três dias de an­te­ce­dência.

Como ex­pe­di­ente trai­ço­eiro que é, a de­pu­tada co­mu­nista Rita Rato con­si­derou-o por isso «ina­cei­tável». Mas in­de­pen­den­te­mente da forma, do seu ponto de vista, o que está em causa é uma prova que em si mesma cons­titui um factor de «hu­mi­lhação e de des­va­lo­ri­zação da car­reira do­cente e que co­loca em causa o pró­prio fu­turo dos pro­fes­sores».

En­tre­tanto, não se fi­zeram es­perar as re­ac­ções de in­dig­nação por parte das or­ga­ni­za­ções re­pre­sen­ta­tivas dos pro­fes­sores contra esta «prova de ava­li­ação» que, se­gundo o des­pacho, será re­a­li­zada «ainda a tempo» dos con­cursos de se­lecção e re­cru­ta­mento de pro­fes­sores para o ano lec­tivo de 2014/​2015.

A prova, re­corde-se, foi ins­ti­tuída em 2007 du­rante a go­ver­nação do PS de José Só­crates, nunca tendo avan­çado de­vido à luta dos sin­di­catos, mas foi re­to­mada pelo Go­verno do PSD/​CDS-PP e as­su­mida como uma pri­o­ri­dade pelo mi­nistro Nuno Crato.







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