Análise, proposta e convergência
O PCP realizou na última semana vários encontros com forças sociais e políticas, para análise da situação do País e da política necessária para responder àqueles que são os principais problemas nacionais: uma política que o PCP denomina de patriótica e de esquerda e que, em síntese, visa resgatar o País da dependência e da submissão, recuperar para o País o que é do País e devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos.
No dia 9, o PCP foi recebido por uma delegação da FENPROF (dirigida pelo seu secretário-geral, Mário Nogueira). As duas organizações convergiram em diversos aspectos relacionados com a crítica à política do Governo para a educação e com a defesa da escola pública e democrática. A delegação do PCP, encabeçada por Jerónimo de Sousa, integrava ainda o membro da Comissão Política Jorge Pires e a deputada Rita Rato.
Dois dias depois, foi a vez do encontro com o Bloco de Esquerda, na sede deste partido. À saída, em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa destacou a existência de opiniões convergentes sobre diversas matérias, entre as quais a «necessidade de demissão e derrota do Governo, da ruptura com a política de direita e de uma política alternativa que reúna democratas, patriotas, forças políticas e sociais para interromper este caminho para o desastre».
O Secretário-geral do Partido disse ainda que, apesar das diferenças entre o PCP e o Bloco, é importante a convergência em torno de conteúdos e posicionamentos políticos que respondam às preocupações dos portugueses, que sabem que a «política de direita não serve e que a alternância entre PS e PSD, com ou sem CDS, é uma solução esgotada e que é preciso uma política patriótica e de esquerda». A delegação do PCP era composta ainda por Jorge Cordeiro, dos organismos executivos do CC, Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado, e João Oliveira, membro da Comissão Política e presidente do Grupo Parlamentar.
Na segunda-feira, 14, o PCP recebeu a bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, com a manifestação dos advogados do dia seguinte contra o novo mapa judiciário a centrar as atenções. Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, Jerónimo de Sousa manifestou a solidariedade do PCP com as populações e com os advogados que defendem o acesso à Justiça para todos os portugueses sem discriminações. Já a bastonária apontou o PCP como o partido que tem liderado na Assembleia da República a contestação ao novo mapa judiciário, pelo que «não podíamos deixar de vir aqui».