Censura do povo fez-se ouvir no Parlamento

Mais impostos

Do de­bate ficou ainda a cer­teza de que o pri­meiro-mi­nistro não des­carta a pos­si­bi­li­dade de um au­mento de im­postos. De­sa­fiado pela de­pu­tada do PEV He­loísa Apo­lónia a es­cla­recer se ad­mitia um au­mento da taxa normal do IVA, em face de uma de­cisão des­fa­vo­rável do Tri­bunal Cons­ti­tu­ci­onal sobre me­didas or­ça­men­tais do Exe­cu­tivo (esse acórdão do TC viria a ser co­nhe­cido horas de­pois), Passos Co­elho disse que não se podia «com­pro­meter com o não au­mento de im­postos» na me­dida em que não sabia se «pode ou não ser ne­ces­sário».

«Mas o Go­verno tem um quadro de­fi­nido para in­tervir que está no do­cu­mento no DEO», re­feriu, adi­an­tando que a con­so­li­dação em 2015 (1400 mi­lhões de euros) será, «no es­sen­cial feita à custa de re­dução da des­pesa pú­blica sec­to­rial nos pro­gramas or­ça­men­tais e não à custa de re­ceita».




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