e população de Sintra
Quem luta vota na CDU
A segunda candidata da CDU às eleições do próximo domingo constatou, dia 14, em Sintra, que a luta levada a cabo pelos trabalhadores e a população vai traduzir-se em votos na CDU.
A luta pela política alternativa tem no próximo domingo um importante momento
Inês Zuber, acompanhada por dirigentes do PCP e de estruturas representativas dos trabalhadores, bem como por eleitos nas listas da Coligação PCP-PEV nas autarquias sintrenses, começou a manhã de quarta-feira da semana passada na sede dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), onde falou com funcionários dos serviços administrativos. Em seguida, deslocou-se às oficinas da Câmara, prosseguindo, aí, o contacto directo com os funcionários municipais.
Em ambas as visitas constatou a revolta de quem trabalha para com a política das troikas nacional (PSD, CDS e PS) e estrangeira (FMI, UE, BCE), mas também o reconhecimento pela intervenção combativa dos comunistas e dos seus aliados nas instituições em Portugal e na UE, na luta que se trava nas ruas, nas empresas e locais de trabalho.
Nos estaleiros do Lourel, a deputada do PCP ao Parlamento Europeu recebeu, em mãos, um documento onde dezenas de trabalhadores camarários manifestam o seu apoio à CDU. O gesto repetir-se-ia, mais tarde, durante a visita que efectuou à estrutura oficinal dos SMAS de Sintra, onde uma delegação de trabalhadores entregou a Inês Zuber uma lista igualmente subscrita por dezenas de funcionários.
Depois de almoçar no refeitório dos SMAS, Inês Zuber participou numa sessão pública na Agualva-Cacém, cujo propósito era denunciar o ataque ao Serviço Nacional de Saúde e afirmar o direito constitucional à assistência médica e medicamentosa. Num concelho onde mais de 100 mil utentes não têm médico de família, em que se regista graves carências nas unidades de Saúde – tais como a falta de mais um hospital público e de centros de saúde qualificados – e crescem as ameaças de encerramento de extensões de centros de saúde, o apelo ao voto na CDU deixado por Inês Zuber foi acolhido com entusiasmo. É que a luta que se tem travado pela política alternativa, patriótica e de esquerda, capaz de defender e repor direitos e abrir caminho a um país de progresso e justiça social, tem no próximo domingo um importante momento, salientou-se.
João Ferreira em Peniche, Marinha Grande e Alcobaça
Tivemos e temos razão
No jantar com activistas e apoiantes da CDU realizado quarta-feira, 14, em Alcobaça, o primeiro candidato da CDU ao Parlamento Europeu lembrou que a razão esteve do lado do PCP quando, há três anos, defendeu a renegociação da dívida nos seus prazos, montantes e juros. Na iniciativa que culminou a tarde de campanha no distrito de Leiria, João Ferreira recordou, ainda, que PSD, CDS, e PS chumbaram, em Abril, na Assembleia da República, a mais recente iniciativa legislativa do Partido nesse sentido.
O voto contra a revisão de uma dívida que não pára de crescer – proposta pioneira do PCP que, agora, cada vez mais sectores da sociedade vêm apoiar, referiu também o cabeça-de-lista da Coligação PCP-PEV – é mais uma prova do vínculo daqueles três partidos à política que sangra o País para alimentar os especuladores, impondo mais sacrifícios ao povo.
Mas se sobre esta matéria a vida confirma as análises e propostas do PCP, também noutras a razão está do lado do Partido, que com os ecologistas do PEV e muitos independentes se apresenta às urnas no próximo domingo. Essa é uma das conclusões a tirar da passagem de João Ferreira por Peniche e pela Marinha Grande.
No contacto com trabalhadores da maior fábrica de conservas de Peniche, João Ferreira constatou o regime de sobre-exploração a que estão sujeitos os trabalhadores da European Seefood, reiterando a posição de sempre assumida pelos comunistas e os seus aliados: a necessidade de promover a produção nacional nas pescas e na transformação de pescado, combatendo o modelo assente nos baixos salários e na precariedade.
Da mesma forma, na Escola de Rendas de Bilros, também em Peniche, depois de ter aceite o difícil desafio de cruzar fio-com-fio, João Ferreira lançou um repto às presentes. Votar CDU, que tem trabalho para mostrar na valorização e preservação do saber e produção artesanal, e defende a restituição aos trabalhadores, aos pensionistas e reformados de todos os direitos e rendimentos roubados pela política das troikas.
No balanço do périplo, fica, por fim, a constatação de que é justa a denúncia da ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde, do ataque a um direito constitucional e da promoção dos negócios privados no sector por parte do Governo. Isso mesmo foi salientado no encontro que o cabeça-de-lista da CDU manteve com utentes da Saúde da Marinha Grande, que lamentaram a degradação e encerramento de unidades e valências de saúde, ou a transferência dos custos para o povo, mostrando que a CDU e as forças que integram a Coligação tinham e têm razão.