Três anos de recessão
O PCP comentou, através de uma nota do seu Gabinete de Imprensa emitida no dia 14, a divulgação pelo Instituto Nacional de Estatística das estimativas rápidas das contas nacionais relativas ao quarto trimestre de 2013. Estes dados apontam para um crescimento do PIB de 1,6 por cento se comparado com igual período do ano anterior, e de 0,5 por cento comparativamente com o terceiro trimestre de 2013.
Mas é necessário dizer algo mais, afirma o PCP, lembrando que o ano passado foi «mais um ano de recessão, com uma queda do PIB de 1,4 por cento. Desta forma, pela primeira vez na nossa história, o nosso País permanece em recessão durante três anos, acumulando uma queda do PIB neste período de 5,8 por cento (o PIB caiu 1,3 por cento em 2011, 3,2 por cento em 2012 e agora, em 2013, 1,4 por cento)». Isto corresponde a uma destruição de riqueza produzida «equivalente a 9440 milhões de euros, a uma destruição de 323 500 empregos, a uma subida da taxa de desemprego real para cerca de 24 por cento, com cerca de um milhão e quatrocentos mil desempregados, e que levou a uma emigração forçada de mais de 200 mil portugueses».
O Partido salienta ainda que, «após onze trimestres com variações homólogas negativas, haveria de chegar o trimestre em que, batendo no fundo, não se poderia cair mais». Assim, o que impressiona não é a variação positiva ao fim de 11 trimestres consecutivos de quebra, mas «ser possível conduzir o PIB a quedas sucessivas e ininterruptas durante 11 trimestres». Um outro dado a ter em conta é que a quebra do PIB no ano passado foi superior em 40 por cento à previsão avançada pelo Governo aquando da discussão do Orçamento do Estado para esse ano.