O PCP recebeu, anteontem, uma delegação da Federação dos Sindicatos da Função Pública. No final do encontro, em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa (que dirigia a delegação do Partido) contrariou a ideia do Governo de que tudo está melhor. Os trabalhadores da administração pública, como aliás os do sector privado, «assistem a cada dia que passa a um novo ataque aos seus direitos, salários e pensões». A situação é tão brutal que ainda os trabalhadores e os reformados não se refizeram de um corte e logo surge outro e outro, acrescentou.

O verdadeiro objectivo do Governo, relembrou o dirigente comunista, é aumentar a exploração e o empobrecimento das camadas populares para engordar os lucros e os privilégios da banca e dos grandes grupos económicos.

Apesar da gravidade da situação do País e da violência da ofensiva, o Secretário-geral do PCP garante que está nas mãos dos trabalhadores e das outras camadas antimonopolistas derrotar este Governo e esta política e empreender um rumo de progresso e soberania. Isto sucederá, previu, «no dia em que eles tenham a consciência de que quando se juntarem, quando quiserem, este Governo tem o seu futuro condicionado».