Consolidar a unidade
Na edição de Janeiro do boletim do sector das telecomunicações da Organização Regional de Lisboa do PCP, apela-se aos trabalhadores das empresas do sector para que defendam e consolidem a sua unidade, factor essencial para a resistência contra ataques aos postos de trabalho e a direitos que resultem das diversas fusões realizadas.
No que respeita à Zon e à Optimus, os comunistas lembram que o que une estes dois grupos – entretanto fundidos – é nada mais nada menos do que o «lucro fácil». O PCP alerta para a mais que provável operação de substituição de trabalhadores efectivos por outros, com vínculos precários, de forma a aumentar a exploração e o lucro dos accionistas. Este processo de «remodelação» (nome pomposo para «despedimentos») irá continuar certamente nos próximos meses, podendo atingir mais trabalhadores, nomeadamente nos call-center, nas áreas comerciais e nas lojas da Optimus e da Zon.
Quanto à PT, o PCP garante que ela passará a ser uma filial da brasileira Oi, com quem se fundiu há meses. As constantes viagens do Conselho de Administração para o país sul-americano «indicam que o negócio avança a passos largos». Os comunistas temem, assim, que o centro de decisão desta importante empresa nacional saia do País. Muito embora a empresa o negue, o Partido afirma ter conhecimento de que poderão estar ameaçados entre 600 e 1000 dos actuais trabalhadores da PT.