Este é o Partido que cumpre Abril e honra Maio
Se o ano de 2013 acabou com o desenvolvimento de diversas lutas dos trabalhadores nos transportes, na Câmara Municipal de Lisboa, entre outras, bem como das populações contra o encerramento de serviços públicos (finanças, tribunais, etc.), o ano de 2014 teve o seu início com o prosseguimento da luta, onde se inscreve o Dia Nacional de Luta marcado pela CGTP-IN para o próximo dia 1 de Fevereiro.
O futuro não acontece, constrói-se e conquista-se
No ano em que se comemoram os 40 anos da Revolução de Abril, no quadro de um tão profundo ataque do Governo PSD/CDS-PP com o apoio do Presidente da República a pilares estruturantes do regime democrático, é tempo de na rua continuarmos a luta por uma outra política ao serviço de Portugal e dos portugueses, uma política que cumpra Abril e honre Maio.
A política de direita que tem dominado a vida portuguesa desmantelou e desmantela o aparelho produtivo, generaliza a corrupção, aumenta as desigualdades sociais, é promotora da desconfiança na acção política, destrói conquistas sociais fundamentais. Não há iniciativas para notícias na comunicação social, como a do desfasado relógio do CDS/Portas, que apague a realidade concreta de milhares de portugueses espoliados nas suas já parcas reformas e pensões, salários e direitos, assim como não existem sistemáticas campanhas de que a luz ao fundo do túnel está já ali que apaguem a realidade do desemprego e da emigração em massa com todas as consequências daí decorrentes para o nosso futuro colectivo e, no imediato, para a vida concreta de milhares de trabalhadores, nomeadamente jovens.
A derrota deste Governo e a convocação de eleições antecipadas é uma urgência cada vez mais urgente. Assim como é cada vez mais inadiável uma ruptura com a política de direita que, pondo fim ao rumo há 37 anos imposto aos trabalhadores e ao povo, aposte na produção nacional, no trabalho com direitos, afirme um Portugal independente e soberano cujo compromisso fundamental seja com a causa da paz, da solidariedade e cooperação, e da afirmação do direito inalienável de ser o povo português a decidir do seu destino.
É tempo de ampliar o compromisso de reforçar os que dia-a-dia lutam pela defesa dos interesses e aspirações dos espoliados pela política de direita, o que requer também ter presente que é o PS, como é público, quem está a tratar das eleições de 2015, tornando mais claro o que há muito o Partido vem dizendo, de que não só não estão interessados na realização de eleições antecipadas como discutem cada vez mais como prosseguem os eixos essenciais da política de direita, se com programa cautelar ou não, quem lá mete assinaturas formais ou informais.
A fonte da crise que atinge a nossa sociedade, e de um modo mais geral o mundo, não está nos problemas que hoje se põem à humanidade, mas nas respostas que lhes dá o capital e os seus executantes.
Planificar, integrar, mobilizar, agir
Para todas as organizações do Partido, é tempo de planificar a intervenção. Planificar a intervenção para o contacto rua-a-rua, porta-a-porta, para a mobilização e o esclarecimento, para o reforço do Partido, conforme com as conclusões do CC de 15 e 16 de Dezembro, quando coloca como grande tarefa o desenvolvimento de uma acção nacional centrada na projecção dos valores de Abril, que integre e articule a preparação das eleições europeias, as comemorações do 40.º aniversário da Revolução de Abril, a intervenção e luta pela derrota do pacto de agressão, a demissão do Governo e a ruptura com a política de direita, o reforço do Partido.
Na luta contra a política antinacional e antipopular do Governo PSD/CDS-PP, o Partido tem desempenhado o papel que lhe compete de esclarecer, organizar e dinamizar a luta, porque confia firmemente num futuro de liberdade e socialismo que tornará possível a felicidade do Homem, porque o futuro não acontece, constrói-se e conquista-se.
É por isso que, com redobrada necessidade, se torna fundamental a campanha de contacto com a organização do Partido, melhorando as ligações orgânicas, estruturando o trabalho, criando novos organismos, dando particular atenção à criação de estrutura partidária nas empresas e locais de trabalho. E porque temos a consciência de cumprirmos aquilo que dizemos, de estarmos ao lado dos trabalhadores, dos atingidos pela política de direita, temos toda a força da nossa proposta e prática política para dizer-lhes que este é o seu Partido, o Partido Comunista Português. Este é o Partido que cumpre Abril e honra Maio.