Uma «sugestãozinha» ao cidadão Passos Coelho
Há dias, umas declarações do Primeiro Passos Coelho suscitaram um efeito estranho, que resulta agora nesta desinteressada sugestão ao cidadão do mesmo nome, mas tão só para quando (em breve) passar à história do governo do país, que lhe deve, e a outros «cavalheiros» PSD/CDS e PS e aos respectivos «empregadores» do capital financeiro, a desgraçada situação de declínio nacional que atravessamos.
Disse então o Primeiro Passos: «não tenho nenhuma indicação específica de que Portugal pudesse ter sido alvo de acções dessa natureza» e «não existe cooperação institucional entre o Serviço de Informações e a NSA», respondia assim sobre espionagem norte-americana no País, à semelhança do que acontece contra milhares de milhões de comunicações electrónicas de todo o tipo, em todo o mundo, na Alemanha, França, Espanha, Brasil, México, e contra 35 «líderes mundiais», Merkle, Hollande, Dilma Rousseff, o Papa ...
Os factos, revelados por Snowden, confirmam a «espionagem global» da NSA, contra a ONU, os «aliados» e os próprios cidadãos USA, numa acção sem lei nem escrúpulos para garantir o domínio imperialista.
Confrontado com o escândalo, o secretário de Estado Kerry tentou desculpar a administração Obama – os serviços «foram longe de mais» em «piloto automático» – mas o próprio director da NSA, General Alexander, devolveu a responsabilidade aos «políticos» que «fazem os pedidos» e situou a recolha de informação «sobre as intenções da liderança» de outros países, o que obviamente nada tem a ver com a «prevenção do terrorismo».
As declarações do Primeiro Passos estão tão longe da verdade, como em tempos as de um tal ex-Primeiro Sócrates, que também nada sabia sobre o tráfico de prisioneiros ilegais da CIA pelo nosso País. No futuro virão as provas das operações NSA em Portugal, na embaixada USA e em colaboração técnica com o SIRP, incluindo o recurso aos satélites Echelon e a «escuta» de comunicações, que em Portugal são um crime grave.
Fica então a «sugestãozinha» – tal como Sócrates, talvez o então ex-Primeiro Passos, possa publicar uma tese de mestrado para se branquear e jurar a pés juntos que foi enganado... coitadinho.