Trabalhadores com a CDU
Cerca de duas centenas de trabalhadores do sector dos transportes subscreveram um apelo ao voto na CDU «em todos os concelhos e freguesias». Oriundos de empresas de transporte aéreo, ferroviário, rodoviário, fluvial e portuário, os trabalhadores destacam três razões que justificam a sua opção.
A primeira prende-se com o facto de a CDU ter estado «sempre ao nosso lado contra a ofensiva exploradora e empobrecedora, realizada com base no memorando (vulgo, pacto de agressão) assinado com a troika por PS, PSD e CDS». Tal ofensiva expressa-se, nas empresas do sector, no roubo de salários e subsídios, na quebra do valor do trabalho extraordinário, em despedimentos e em privatizações: «quem esteve sempre ao lado dos trabalhadores do sector dos transportes, na Assembleia da República, nas autarquias, nos piquetes de greve, em todo o lado, foi a CDU».
Uma segunda razão que justifica o apoio dos trabalhadores das empresas dos transportes na coligação que une comunistas, ecologistas e democratas sem partido baseia-se, para os subscritores do apelo, na natureza desse apoio. O voto na CDU, garantem, é «sempre útil a quem trabalha, é o voto de confiança, o voto em quem não trai». Em altura de eleições, lembram, PS, PSD e CDS pedem o voto aos trabalhadores, sendo precisamente os mesmos que, no poder, atacam os seus direitos e postos de trabalho. «Por isso, não lhes daremos o voto! Mas também não lhes vamos fazer o favor de nos abstermos. Vamos votar. E vamos votar, com toda a confiança, na CDU».
A terceira razão adiantada no apelo é a política de transportes ao serviço das populações e do País que a CDU propõe e corporiza. Uma política «assente em fortes empresas públicas que suportem o desenvolvimento do sector no contexto do crescimento da economia nacional, garantam o serviço público de transportes, o direito à mobilidade das populações e promovam trabalho com direitos».