Saudação da JCP
A Juventude Comunista Portuguesa saúda a greve geral construída com o enorme contributo dos trabalhadores portugueses, e em especial dos jovens, que tomaram a difícil decisão de aderirem à greve geral, tomando nas suas mãos os destinos das suas vidas, em várias empresas e locais de trabalho.
Saudamos todos aqueles que prepararam as condições para que ela fosse possível, bem como o contributo essencial da juventude neste processo, nomeadamente nos piquetes, locais de luta e de confronto de classe, realizados durante a noite inteira e parte da manhã, esclarecendo os amigos e colegas e garantindo, muitas vezes o próprio direito a fazer greve.
Destacamos o papel da CGTP-IN e, naturalmente, da Interjovem/CGTP-IN, para o envolvimento de milhares de jovens nesta grande, combativa e expressiva jornada de luta que teve expressão de rua, com a exigência da demissão do Governo e da mudança de políticas, de forma urgente.
Perante a ofensiva de destruição dos nossos direitos, existiriam dois caminhos diferentes a seguir: ou calar, e permitir o rumo de desastre que o Governo, comprometido com os interesses do capital, nos quer impor; ou lutar, e construir a alternativa comprometida com os interesses de quem trabalha.
Nesta greve geral, os jovens trabalhadores portugueses, desempregados, com vínculos precários ou efectivos, em situação de instabilidade, baixos salários e cortes nos seus direitos, demonstraram a coragem imensa de lutar nos locais de trabalho, a confiança e determinação para construírem um País diferente, para reforçarem o lado certo da luta, para que sejam cumpridos os direitos da Constituição de Abril, em particular o direito ao trabalho com direitos.
Denunciamos todos aqueles que, com chantagens, ameaças e pressões, tentaram persuadir os trabalhadores e, em especial, os jovens a não fazerem greve, em particular o próprio Governo, através das declarações dos últimos dias.
Saudamos a resistência dos jovens trabalhadores, a decisão de aderirem a esta grande jornada de luta, reafirmando que é da acção organizada e da paragem dos trabalhadores, afectando o lucro das empresas e o funcionamento dos serviços que o Governo e o capital têm medo.
É tempo de pôr termo ao rumo de desastre que ao longo dos anos os governos PS, PSD e CDS nos vêm impondo, agudizado mais recentemente aquando da assinatura do pacto de agressão que só trouxe mais desemprego, precariedade, os baixos salários, emigração forçada, fome e miséria, em suma o aumento da exploração para quem trabalha.
Com a luta conquistaremos os direitos que nos estão a roubar, e com a luta havemos de pôr fim a este roubo, e construir uma alternativa que vá ao encontro dos interesses dos jovens, dos trabalhadores e do Povo.
Viva a greve geral! A luta continua! Governo para a rua! Mudança de política!
O Secretariado da Direcção Nacional da JCP