O PCP pro­moveu no sá­bado, em Braga, um pro­testo contra a ins­ta­lação numa ro­tunda da ci­dade de uma es­tátua do có­nego Melo, fi­gura des­ta­cada da contra-re­vo­lução. Na acção, os co­mu­nistas plan­taram cravos no local onde está pre­visto que a es­tátua venha a ser ins­ta­lada, como forma de pro­testar contra a ho­me­nagem a al­guém que se des­tacou como autor e man­dante na acção re­ac­ci­o­nária, an­ti­co­mu­nista e fas­cista nos pri­meiros anos após o 25 de Abril. Al­guém que, como então se re­cordou, não é con­sen­sual dentro da pró­pria Igreja, em nome da qual pro­cu­rava jus­ti­ficar as suas ac­ções.

A Co­missão Con­ce­lhia de Braga do PCP pre­tende que o mu­ni­cípio volte atrás nessa de­cisão e deixe a es­tátua onde está, ar­ma­ze­nada. A de­li­be­ração de ins­talar a es­tátua num local vi­sível da ci­dade foi to­mada pela mai­oria que di­rige a Câ­mara Mu­ni­cipal, do PS, e nem se­quer contou com o apoio ex­plí­cito do PSD e do CDS, que se abs­ti­veram. O pre­si­dente da au­tar­quia, Mes­quita Ma­chado, jus­ti­fica-a com o facto de o có­nego Melo ser bra­ca­rense e de a es­tátua estar já cons­truída não im­pli­cando a sua ins­ta­lação quais­quer custos para o mu­ni­cípio.

O PCP não aceita tais jus­ti­fi­ca­ções e vai con­ti­nuar a con­testar esta ho­me­nagem. Carlos Al­meida, eleito do PCP na As­sem­bleia Mu­ni­cipal, anun­ciou a apre­sen­tação de uma moção de re­púdio na pró­xima reu­nião desse órgão mu­ni­cipal.