Cresce a CDU
Sob o lema «Confiança na CDU», realizou-se, sexta-feira, na Baixa da Banheira, um comício, onde foram apresentados os cabeças de lista da CDU às câmaras e assembleias municipais da região de Setúbal.
A região está a ser duramente atingida pela recessão
«Nestes 39 anos, neste tempo de Poder Local democrático, a CDU, com as populações e com os trabalhadores, fez, na região de Setúbal, a mais extraordinária revolução no País, mudando para muito melhor a vida das pessoas», afirmou, no início da sessão que se realizou no Ginásio Atlético Clube, Maria Emília de Sousa, actual presidente da Câmara de Almada, afirmando haver «razões para estarmos orgulhosos», sendo a CDU «a vanguarda em muitas frentes de trabalho e de luta».
«Estamos no topo em vários domínios a nível nacional, graças ao nosso trabalho, ao nosso projecto, sério, de transformação e de progresso», acrescentou a autarca, que, de seguida, apresentou e chamou para o palco Rita Morais e Cátia Matias, da Juventude CDU, António Lopes, Armando Morais, Eduardo Vieira, João Armando, José Pereira, Nuno Costa, Valdemar Santos, Vasco Paleta e Virgulino Rodrigo, do Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS) do PCP, bem como Margarida Botelho, da Comissão Política, José Capucho, do Secretariado, e Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
A iniciativa contou ainda com a presença de João Vicente, da Comissão Directiva da Associação Intervenção Democrática, e de Susana Silva, Álvaro Saraiva e Heloísa Apolónia, todos da Comissão Executiva do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes».
Ao palco subiram depois todos os cabeças de lista da CDU às câmaras e assembleias municipais de Alcochete, Luís Franco e Miguel Boieiro, de Almada, Joaquim Judas e José Manuel Maia, do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho e Frederico Pereira, da Moita, Rui Garcia e João Lobo, do Montijo, Carlos de Almeida e Francisco Salpico, de Palmela, Álvaro Amado e Ana Teresa Vicente, do Seixal, Joaquim Santos e Alfredo Monteiro, de Sesimbra, Augusto Pólvora e Odete Graça, e de Setúbal, Maria das Dores Meira e Rogério da Palma Rodrigues, respectivamente.
Momento de luta
Perante uma plateia de centenas de pessoas, coube a Rita Morais, da Juventude CDU, a primeira intervenção da noite. «A batalha das autárquicas não é, para nós, um acto isolado, uma batalha cega pelo poder. É, antes de mais, um momento de luta, de dar voz às reais preocupações e aspirações da juventude e do povo português. Mais um momento de organizar forças contra este pacto de agressão, que nos está a arrastar para a miséria extrema», sublinhou, lembrando que a CDU «é a única força capaz de responder às reais preocupações da juventude».
A sessão contou, de igual forma, com as palavras de Rui Garcia, que apelou ao voto na CDU, para promover o desenvolvimento regional. «A região está a ser duramente atingida pela recessão económica e sofre uma profunda crise económica e social. Sucedem-se as falências e o encerramento de empresas, o investimento atinge mínimos históricos, cresce o desemprego até níveis dramáticos, a pobreza alastra», relatou o candidato à Câmara da Moita, frisando que «esta regressão social e económica» é «consequência da política de direita desenvolvida por PS, PSD e CDS desde 1976».
Heloísa Apolónia salientou que «reforçar a CDU, nos dias que correm, é uma necessidade nacional». «Reforçar a CDU é construir esquerda, é criar uma política onde o povo tenha lugar, onde a dignidade seja real, onde o desenvolvimento seja uma realidade», precisou.
Para melhor servir as populações
Jerónimo de Sousa afirmou, por seu lado, que a CDU «não precisa de fazer prova do que tem representado de realização, trabalho e obra no Poder Local», sendo reconhecido por toda a população o «valor superior da gestão pública», que «testemunham que os padrões de qualidade do serviço público são, não só possíveis, como um imperativo para melhor servir as populações».
«Uma inegável atenção aos direitos dos trabalhadores das autarquias. O rigor posto na gestão urbana, na valorização do espaço público, a atenção dada ao ambiente. O impulso inigualável na democratização da cultura e na generalização da prática desportiva», valorizou o Secretário-geral do PCP, sem esquecer o facto de as autarquias CDU se distinguirem pelo «seu papel na defesa dos interesses e serviços públicos», assim como pela denúncia e combate aos projectos de privatização da água, da sua transformação em ramo de negócio e de mercantilização de um bem essencial à vida».
Neste sentido, Jerónimo de Sousa deu a conhecer que, em Portugal, está em curso, há cerca de 20 anos, uma estratégia destinada a favorecer a penetração do capital privado no sector da água, «construída na base de um processo assente na expropriação da competência dos municípios por via dos sistemas multimunicipais, nos planos estratégicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, concebidos para assegurar a drenagem de fundos comunitários e públicos para esses sistemas e para a empresa Águas de Portugal, na perspectiva da sua futura privatização».
«Todos estaremos de acordo que a firme atitude da CDU contra a privatização da água, agora retomada pela chantagem para a verticalização dos sistemas de abastecimento, é, em primeiro lugar, uma atitude de defesa do direito de todos à água e uma garantia à protecção económica e social das populações, e dos seus rendimentos familiares», acentuou.