Conjuntamente com o Rectificativo os deputados debateram o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) onde o Governo aponta o cenário de médio prazo para as finanças públicas, abrangendo o período de 2013 a 2017. Este é um documento endereçado a Bruxelas e que embora não careça de votação na AR motivou a apresentação pelo PCP de um projecto de resolução (o BE viria a fazer o mesmo) visando a sua rejeição em plenário. Ambos contaram com o voto favorável de todas as bancadas da oposição, mas acabaram chumbados pelos votos contra da maioria governamental.

No texto subscrito pelos deputados comunistas um especial relevo era dado aos sucessivos falhanços das previsões e projecções económicas do Governo, bem como às consequências profundamente nefastas das suas políticas na vida dos trabalhadores e do povo.

No debate o deputado Honório Novo não deixou de observar que o DEO apresentado pelo ministro das Finanças surge em contra-mão com a pretensa «estratégia para o crescimento económico e o fomento industrial» apresentada dias antes pelo ministro da Economia. «Arrasa qualquer estratégia de crescimento e amarra Portugal à estratégia orçamental que dá continuidade e reforça a austeridade obsessiva da troika e do seu memorando», constatou.