Revolta na Palestina

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Milhares de pessoas saíram às ruas de Hebrón, quinta-feira, 4, nas cerimónias fúnebres de três palestinianos assassinados por Israel, aproveitando, ainda, para protestarem contra a política criminosa sionista e manifestarem apoio aos presos palestinianos.

Maisara Abu Hamdiyeh, de 63 anos, morreu terça-feira, 2, vítima de cancro, tendo sido transportado para o hospital pelas autoridades carcerárias somente quando já se encontrava em estado grave. Os israelitas negaram todos os pedidos para a sua libertação, mesmo face à evolução desfavorável do seu estado de saúde.

A morte de Hamdiyeh e as circunstâncias a que foi sujeito nos últimos meses de vida - as autoridades palestinianas e a família acusam Israel de lhe ter negado tratamento adequado, mesmo na fase terminal, e de ter impedido qualquer contacto directo, o qual era feito apenas por carta através dos advogados e do Crescente Vermelho -, provocaram a revolta na Cisjordânia.

A contestação ininterrupta durou três dias e foi reprimida com violência pelas forças ocupantes de Israel, que mataram a tiro dois jovens, Amer Nasser, de 17 anos, e Naji Balbisi, de 19 anos. Pelo menos outros 21 cisjordanos tiveram que receber assistência hospitalar devido a ferimentos e inalação de gás lacrimogéneo, e dezenas acabaram detidos na sequência das batalhas campais com o exército.

Nas prisões de Ketziot, Eshel e Ramon, foram registados motins. Os mais de 4600 presos palestinianos iniciaram uma greve de fome contra as condições de encarceramento e como expressão do luto pela morte de Hamdiyeh, informou a EFE, ao passo que a Russia Today publicou o testemunho de um dos detidos que, sob reserva de anonimato, explicou ao que estão sujeitos. «Os padrões de assistência médica são baixíssimos. Esta prisão parece as da Alemanha fascista durante o holocausto», denunciou.



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