Tarefa decisiva de todo o colectivo
De todas as medidas decididas pelo XIX Congresso para o reforço orgânico do Partido, o recrutamento de novos militantes assume uma importância particular.
Ao recrutamento deve ser associada a integração na organização
A campanha de recrutamento de 2000 novos militantes para o Partido até Março de 2013, lançada pelo Comité Central há mais de um ano, prossegue a bom ritmo. Se no comício de encerramento da Festa do Avante! Jerónimo de Sousa deu conta da adesão ao Partido, até então, de 900 novos militantes, na abertura do XIX Congresso do PCP, três meses depois, informou que esse número se elevara já para os 1100. E disse também que nos quatro anos que mediaram entre os dois congressos foram 5800 os homens, mulheres e jovens que tomaram essa corajosa opção. Por divulgar estão ainda os que aderiram ao Partido desde o XIX Congresso.
Mas há ainda muito a fazer para que o ambicioso objectivo traçado pelo Comité Central no final de 2011 seja alcançado e para que mais e mais pessoas se decidam a aderir ao PCP. Como afirmou Jerónimo de Sousa da tribuna do XIX Congresso, a adesão ao PCP «está colocada hoje a milhares e milhares de pessoas como a opção necessária e indispensável para, com coerência e eficácia, darem resposta à grave situação do País e à concretização das suas aspirações». A esses, o Secretário-geral do Partido deixou um apelo: «não hesitem, juntem-se a nós nesta luta necessária e exaltante.»
Àqueles que já são militantes e participam regularmente na organização do Partido, Jerónimo de Sousa instou a que prestem «particular atenção ao recrutamento de novos militantes», associando-o a uma «efectiva integração partidária».
O que disse o XIX Congresso
O reforço da organização e intervenção partidárias, em particular o recrutamento de novos militantes, estiveram em destaque no XIX Congresso do Partido, em diversas intervenções e nos documentos aprovados. No Programa do PCP, aprovado com alterações no XIX Congresso, esclarece-se quem pode ser membro do Partido: «todos aqueles que aceitem o Programa, os Estatutos, sendo seus deveres fundamentais a militância numa das suas organizações e o pagamento da sua quotização.» Pela sua natureza e objectivos, realça-se ainda, o PCP «organiza nas suas fileiras operários, empregados, intelectuais, quadros técnicos, pequenos e médios agricultores, pequenos e médios empresários do comércio, da indústria e dos serviços, homens e mulheres que lutam contra a exploração e a opressão capitalistas, pela democracia, pelo socialismo e o comunismo».
Na Resolução Política, que norteará a acção do Partido nos próximos anos, aponta-se as orientações centrais para o reforço da organização partidária – organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho; estruturação das organizações locais e sua dinamização; potenciação do contributo dos militantes reformados; acção e organização na área da cultura e junto dos intelectuais e quadros técnicos; reforço do trabalho com a juventude e a JCP; estruturação do trabalho junto de outras camadas e sectores; intervenção nas comunidades portuguesas residentes no estrangeiro; criação e funcionamento regular de organismos de membros do Partido que intervêm em organizações e movimentos de massas; e a realização de uma acção de contacto com os membros do Partido. Num outro item, propõe-se a «promoção do recrutamento de novos militantes como uma tarefa regular de todas as organizações e militantes, a destacar no plano da intervenção política do Partido, dos meios de comunicação e da imprensa partidária e a justificar iniciativas especiais, associando o recrutamento à célere e efectiva integração com a consideração do organismo e da tarefa a atribuir para ser assumida por cada militante».
Alargar as fileiras do Partido é, pois, uma tarefa central que está colocada a todos os militantes e organizações partidárias.