Professores no máximo
O desemprego entre os professores atingiu um máximo histórico, protestou sexta-feira a Fenprof, comentando os números do IEFP, que confirmam o que a federação denunciou: «O MEC, dirigido por Nuno Crato, concretizou o maior despedimento coletivo já verificado em Portugal e, na sequência desse seu acto, já são mais de 20 mil os professores inscritos nos centros de emprego». Mas, ressalva-se na nota do Secretariado Nacional da Fenprof, cerca de 31 600 docentes continuam por colocar na «Reserva de Recrutamento», pelo que «o problema é ainda mais grave».
A federação aponta como responsáveis o Governo e a maioria que o apoia, «protagonistas de uma destruição massiva de postos de trabalho nas escolas, com a agravante de as consequências dessa sua acção nefasta se repercutirem negativamente nas condições de organização e funcionamento das escolas».
Em 2013, o Governo pretende agravar ainda mais o impacto de algumas medidas (mais mega-agrupamentos e contratos de autonomia, novas alterações nos currículos, entre outras) e prepara outras, que farão parte do anunciado corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado. O primeiro-ministro já adiantou que o corte atingirá de forma mais relevante a Educação, o que leva a Fenprof a alertar que o objetivo do Governo de Crato e Coelho «continuará a ser apenas um: retirar professores às escolas». «Governantes que atentam, sem regras, sem princípios e sem vergonha, contra o futuro de Portugal» devem ser demitidos, exige a federação.