Luta nas mais duras condições
Os comunistas peruanos denunciam o assassinato de Guillermo Ubillus, dirigente do Sindicato da Construção Civil e da central sindical peruana, CGTP, e militante do Partido Comunista Peruano.
Em nota divulgada no dia 4, o Partido explicou que Ubillus foi baleado à queima roupa por mercenários quando saía de um supermercado. O seu assassinato junta-se ao homicídio recente, cometido também por mercenários, de um outro dirigente sindical da construção civil, Gilberto Viera.
Os assassinos de Viera foram, entretanto, libertados pelas autoridades, facto que o Partido Comunista Peruano exige que não suceda com os responsáveis pela morte de Guillermo Ubillus.
A morte dos dois sindicalistas ocorre no contexto da agudização da luta de massas no Peru. Ainda na quinta-feira da semana passada, milhares de pessoas manifestaram-se na capital, Lima, convocadas pela CGTP.
Concentrações e protestos ocorreram no mesmo dia em pelo menos outras dez cidades. Antes, também os médicos cumpriram uma greve de 48 horas em defesa de aumentos salariais e contra os cortes propostos para o sector da Saúde.
«Ollanta Humala cumpre as tuas promessas», exigiram os participantes na marcha de quinta-feira, 12, na qual, uma vez mais, se expressou solidariedade para com as populações da província de Cajamara, em pé de guerra com o governo há cerca de dois meses. Em causa estão projectos de exploração mineira na região, contestados pelos autóctones. Quando candidato à presidência, Humala comprometeu-se a defender os interesses das populações.
Durante o primeiro ano de governo liderado pelo actual presidente, pelo menos 17 pessoas já morreram em acções reivindicativas, cinco das quais em Cajamara, revelou a CGTP.