Uma vida toda

Centenas de antigos e actuais dirigentes e trabalhadores das estruturas do movimento sindical unitário participaram no convívio que teve lugar no sábado, dia 3, na Casa do Alentejo, em Lisboa, sob a palavra de ordem «Unidos nos ideais de Abril, contra a exploração e o empobrecimento».

O encontro teve por objectivo «reafirmar a matriz da CGTP-IN, construída e cimentada ao longo de mais de 40 anos, por gerações de homens e mulheres de diversas sensibilidades, forjada na luta pelo direito ao trabalho, o acesso universal e gratuito a bens e serviços fundamentais, a harmonização social no progresso, por um País com futuro», como se afirmava no convite, a que responderam afirmativamente mulheres e homens vindos de todo o País. Com diferentes percursos e concepções, partilham a opção consciente de dedicarem uma vida toda à militância, em unidade, pelas causas dos trabalhadores. Nesta tarde a CGTP-IN mostrou a massa de que é feita a maior organização social portuguesa.

A sessão solene, no salão maior do Palácio Alverca, foi apresentada por Deolinda Machado, da Comissão Executiva da Intersindical Nacional, acompanhada na mesa por Anabela Laranjeira, Graciete Cruz e Joaquim Mesquita, também daquele organismo, pelo Secretário-geral, Arménio Carlos, e por três dos camaradas que tiveram semelhante responsabilidade desde 1974: Avelino Gonçalves (que também foi o ministro do Trabalho que promoveu a lei a estabelecer pela primeira vez um salário mínimo nacional), Armando Teixeira da Silva e Manuel Carvalho da Silva. Do primeiro coordenador, Francisco Canais Rocha, foi exibida uma mensagem, fortemente aplaudida. Apresentados como «histórias de vida» e «pilares da nossa central» foram-se sucedendo breves intervenções, na tribuna, e curtos documentários, no ecrã, assinalando os momentos mais relevantes da história da CGTP-IN e a sua importância para a actividade actual da central e para o reforço da organização e da unidade nos dias de hoje.

A actualidade política e sindical foi tratada na intervenção de encerramento de Arménio Carlos, que começou por enquadrar esta iniciativa no seguimento das que foram realizadas por ocasião do 40.º aniversário da CGTP-IN, e confirmou que está em preparação mais um livro sobre a história da Inter, que abordará o período entre o Congresso de Todos os Sindicatos (Janeiro de 1977) e a entrada de Portugal na CEE (1986). A todos deixou um forte apelo, para que compareçam nas manifestações de 9 e 16 de Junho.

Os documentários e as intervenções estão publicadas no sítio da central na Internet.

 



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