Reforçar a organização para avançar na luta
A XI Assembleia da Organização Concelhia de Almada do PCP, realizada no domingo, revelou um Partido mais forte e mais preparado para fazer face à difícil situação que se vive também no concelho.
Analisando insuficiências e traçando soluções, o Partido reforça-se
Ao longo do dia de trabalhos passaram pela tribuna da centenária Academia Almadense testemunhos dos problemas e as lutas dos trabalhadores e do povo de Almada. Em especial destaque esteve a luta que está a ser travada na Ensul/Meci, em defesa da empresa e dos 500 postos de trabalho, à qual a organização partidária tem dado todo o apoio e atenção. A moção apresentada sobre este tema seria mesmo aprovada por unanimidade e aclamação.
Em muitas intervenções, como no projecto de resolução política (igualmente aprovado por todos os 279 delegados presentes), esteve espelhada a realidade das empresas e freguesias, as consequências do pacto de agressão e da política de direita e os projectos dos comunistas para o desenvolvimento do concelho. E, também, as linhas de reforço político e organizativo do Partido para, como se apontava no lema, «avançar na luta pela democracia e pelo socialismo».
Desde a última assembleia, realizada em 2008, foram recrutados em Almada 178 novos militantes – alguns dos quais estiveram já presentes como delegados. Como foi realçado da tribuna, estes novos militantes «muito têm contribuído para o alargamento do núcleo activo, para o rejuvenescimento dos organismos e para o reforço da nossa acção e intervenção».
Com organização consolidada nas 11 freguesias do concelho, o Partido conta ainda com várias células e sectores profissionais: professores, trabalhadores da autarquia/SMAS, Arsenal do Alfeite, Transtejo, Jumbo, AIPICA. Nos últimos tempos, foram criadas as células da Ecalma e do Metro Sul do Tejo. Foram igualmente criadas e dinamizadas as organizações dos sectores financeiro, pescadores, Função Pública, Comércio, Pequenos e Médios Empresários e Organização de Empresas e Sectores. A edição de boletins e comunicados, a difusão do Avante! e d' O Militante e o reforço da quotização foram outras questões referidas em que urge avançar, apesar dos importantes passos que foram dados nos últimos anos.
Num concelho onde os comunistas são determinantes na gestão autárquica, o Poder Local Democrático foi também assunto recorrente nas intervenções dos delegados. Quer na afirmação da necessidade de defender as freguesias ameaçadas de extinção e os serviços e postos de trabalho que representam; quer na afirmação da água pública como bem essencial à vida; quer ainda no desenvolvimento do projecto autárquico do PCP, que tornou Almada e outros concelhos da Península de Setúbal referências aos mais variados níveis.
Depois da apresentação da nova Comissão Concelhia, eleita momentos antes, coube a Francisco Lopes, do Secretariado e da Comissão Política, encerrar a assembleia. Na sua intervenção, o dirigente comunista sublinhou as mais importantes tarefas que se colocam ao Partido, a começar pelo seu papel na dinamização e alargamento da luta de massas contra o pacto de agressão e a preparação do XIX Congresso, que terá lugar precisamente em Almada.
Moita e Alandroal
Na semana anterior tinha tido lugar, na Baixa da Banheira, a X Assembleia da Organização Concelhia da Moita do PCP, com a participação de 150 delegados e algumas dezenas de convidados. Em 24 intervenções abordou-se a situação social no concelho, a actividade das organizações do Partido – comissões de freguesia, células dos trabalhadores da Câmara Municipal da Moita e da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros – e das organizações unitárias, com destaque para as três comissões de utentes da saúde e movimento associativo popular.
Em destaque esteve ainda o reforço do Partido e a sua ligação às empresas e locais de trabalho, bem como a campanha de recrutamento, cuja meta traçada para o concelho chegou já a 25 por cento (termina em Março de 2013). A resolução política foi aprovada por unanimidade, tal como a nova Comissão Concelhia. José Capucho, do Secretariado do CC, encerrou a assembleia.
Também no Alandroal se realizou a Assembleia da Organização Concelhia do Partido, a sétima, com a participação de 46 delegados e a presença de João Pauzinho, do Comité Central, e João Dias Coelho, da Comissão Política.
Ao longo dos trabalhos foram analisadas as insuficiências e traçadas as linhas para as colmatar e abordados vários aspectos relacionados com a situação do concelho e com as tarefas partidárias. A resolução política, aprovada por unanimidade, contém, entre muitas outras, duas medidas de concretização imediata: o recrutamento (só na fase preparatória da assembleia foram feitos cinco) e chegar ao Congresso com a totalidade dos militantes com as quotas pagas. Foi eleita uma nova Comissão Concelhia, com 19 elementos.