Pela inserção plena
No dia 25, em que se assinalava o Dia de África, o PCP emitiu um comunicado onde reafirma os eixos centrais da sua política de imigração, no sentido da «plena inserção na sociedade portuguesa dos trabalhadores imigrantes, no respeito e valorização da sua identidade cultural, por uma política de regularização justa e realista, pela defesa do direito ao trabalho, contra uma Europa Fortaleza e contra a insistência do Governo PSD/CDS-PP na Directiva do Retorno, que reduz os imigrantes a “objectos descartáveis”».
Ao lutar por uma política de desenvolvimento económico e criação de emprego, contra a carestia e o corte dos apoios sociais aos mais carenciados, de defesa dos serviços públicos e das empresas e sectores estratégicos da economia, de defesa e reposição dos direitos e de afirmação da soberania nacional, o PCP luta pela melhoria das condições de vida «não só dos trabalhadores e do povo português mas também dos imigrantes, criando condições mais favoráveis de igualdade nos direitos sociais, laborais e de participação».
Dirigindo uma «saudação fraterna» a todos os imigrantes oriundos de países africanos que vivem e trabalham em Portugal, bem como aos seus descendentes e a todos os que, tendo raízes em África, adquiriram já a nacionalidade portuguesa, o PCP expressa a sua determinação em dar combate a «fenómenos de racismo e xenofobia», bem como à «propagação de teorias e ideias fascistas, que a acentuação da política de direita e o agravamento da situação social dela decorrente podem alimentar».
Sublinhando ainda a necessidade de intensificar a luta contra o imperialismo e a sua política de exploração, opressão, tirania e guerra – «causas profundas que obrigam homens, mulheres e crianças a fugir à miséria e à violência» –, os comunistas reafirmam a sua solidariedade com as movimentações de massas de povos de países africanos que lutam pelos direitos democráticos, pela paz, progresso e justiça social.