Recessão aprofundou-se
O PCP comentou no dia 23, através de uma nota do seu Gabinete de Imprensa, os dados de execução orçamental relativas aos primeiros quatro meses do ano, divulgados nesse mesmo dia pela Direcção Geral do Orçamento. Segundo o PCP, a informação divulgada revela uma queda da receita efectiva do Estado, neste período, de 2,2 por cento comparativamente com os quatro primeiros meses do ano passado. A despesa subiu 2,6 por cento.
«Daqui resultou que o saldo global do Estado se agravou nos primeiros quatro meses do ano comparativamente com igual período de 2011 de -2 453,2 milhões de euros para -3 058,8 milhões de euros», garante o PCP, considerando que os resultados reflectem já os «efeitos da profunda recessão em que o nosso País está mergulhado, conduzindo não à redução do défice orçamental pretendida, mas ao seu contrário». Assim, e tal como era expectável, o efeito da queda da actividade económica reflectiu-se sobre o volume da receita fiscal arrecadada, salienta o PCP.
Em conclusão, os comunistas realçam que os dados divulgados, que em resumo reflectem uma redução total da receita por força da quebra da receita fiscal de três por cento (em particular do IVA) e o aumento da despesa efectiva com origem sobretudo no aumento de encargos com o serviço da dívida pública, «só permitem concluir que a política que tem vindo a ser seguida conduzirá a uma recessão cada vez mais profunda».