Banco de Portugal confirma

Aprofunda-se a recessão

O Boletim da Primavera do Banco de Portugal divulgado no final de Março confirma o «aprofundamento da recessão em 2012 e o seu mais que provável prolongamento ao longo de 2013». A apreciação é do PCP que, numa nota do seu Gabinete de Imprensa, realça o «impacto recessivo das medidas decorrentes da aplicação do pacto de agressão», que se traduz, desde logo, em 2012 e 2013 numa «queda do emprego de 3,6% em 2012 e de 0,7% em 2013». Isto significa a destruição, nestes dois anos, de cerca de 207 mil empregos e correspondente aumento do desemprego.

A mais recente previsão do cenário macroeconómico prevê que a queda no PIB em 2012 seja praticamente o dobro da que se previa aquando da assinatura do pacto de agressão, tendo passado de 1,6 para 3,4 por cento, salientam os comunistas. O Consumo Privado está a cair «como nunca» (7,3%) e o Consumo Público está também em queda, assim como o Investimento, que recuou a níveis próximos de 1996.

Segundo o PCP, «para o agravamento das previsões de recessão em 2012 contribui fundamentalmente o agravamento esperado na queda do Consumo Privado, na queda das importações, na queda do investimento e o menor crescimento que agora se estima para as exportações». O Banco de Portugal reconhece ainda que o «elevado nível de inflação esperado para 2012 (3,2%), depois de em 2011 ela se ter situado nos (3,7%) , é reflexo do crescimento dos preços associado a decisões administrativas e dos aumentos da tributação indirecta, prevendo a queda considerável do poder de compra dos trabalhadores».

Os comunistas realçam ainda o facto de o Banco de Portugal reconhecer, à semelhança do que sucedeu em anteriores boletins, que são «elevados os riscos de uma evolução mais desfavorável da actividade económica». Ou seja, a queda do PIB em 2012 pode muito bem vir a ser superior ao que agora se projecta, como resultado da degradação da envolvente externa.

Para o PCP, estes dados ilustram uma «situação dramática para os trabalhadores e o povo, evidenciando a urgência da ruptura com as políticas de direita, desde logo com a rejeição do pacto de agressão das troikas nacional e estrangeira». Uma ruptura que terá que ser construída com a «luta de todos aqueles que são alvo destas medidas».



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