O apelo foi divulgado anteontem e nele a organização autónoma da Intersindical salienta que

«existem na juventude, e em particular nos jovens trabalhadores, forças, vontades, conhecimentos, disponibilidades e criatividade suficiente para ajudar a construir um país que tem futuro», mas este é «um futuro que no presente exige respostas estruturais para a criação de emprego e emprego com direitos».

O dia nacional da juventude – «tem sido assinalado, nos últimos anos, com fortes acções de luta, marcadas pela exigência do trabalho com direitos, o fim da precariedade e do desemprego e pelo protesto contra o aumento do custo de vida e a destruição dos direitos das jovens gerações». A Interjovem realça que «as manifestações que se realizam em torno do 28 de Março são cada vez mais actuais, perante o agravamento brutal do custo de vida, a generalização da precariedade, a diminuição dos salários, o corte nos apoios sociais, o encerramento dos serviços públicos e de centenas de empresas, que conduziram à maior taxa de desemprego de sempre entre os jovens trabalhadores».

As comemorações, este ano, decorrem em simultâneo com a preparação da greve geral, a 22 de Março. Apelando à adesão em massa, a Interjovem frisa que «fazer greve geral, para os jovens trabalhadores, é um direito, qualquer que seja a sua situação dentro dos locais de trabalho, e é essencial, perante a destruição de direitos com que nos deparamos».

Em conjunto com diversos sindicatos, a Interjovem vai assinalar o dia da juventude nas empresas e serviços, realizando plenários e outras acções de discussão, denúncia e luta, no sítio «onde a retirada de direitos e o aumento das condições de exploração se fazem sentir de forma cada vez mais grave». Uma grande manifestação nacional de jovens trabalhadores vai ter lugar no dia 31 de Março em Lisboa.