Despedimento político

Image 9834

Exigir a reintegração imediata de Jorge Gomes, delegado sindical e membro da Comissão de Trabalhadores da Carris, despedido através de um processo disciplinar forjado, foi o motivo da concentração, dia 22, junto à estação da Pontinha, em Odivelas, promovida pela Comissão de Trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN).

«É um autêntico despedimento político», acusou, na concentração, o dirigente do STRUP, Manuel Leal, em declarações ao Avante!.

Em solidariedade com o motorista, os participantes aprovaram a realização de uma greve, à última hora de cada turno, entre os próximos dias 12 e 16.

Uma alegada recusa de Jorge Gomes a fazer um segundo teste de álcool, sem privacidade, duas horas após um acidente rodoviário e um primeiro teste efectuado pela PSP, foi argumento invocado para o despedimento, acrescido a outra situação ridícula: «o nó da gravata não estava junto ao pescoço do motorista, como ditam normas de fardamento, mas entre o primeiro e o segundo botão da camisa».

A resolução aprovada no fim da acção, posteriormente entregue ao Conselho de Administração e ao Governo, apela à participação na greve geral de dia 22, apelo reforçado pela intervenção do Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

A deputada do PCP, Rita Rato, levou à acção a solidariedade comunista com este trabalhador.



Mais artigos de: Trabalhadores

A resposta vigorosa do trabalho

A CGTP-IN promoveu ontem manifestações em Lisboa e no Porto e iniciativas de rua em vários distritos, enquanto os sindicatos da Administração Pública estão a realizar uma semana de luta. «Vamos lutar, dar uma resposta vigorosa, para derrotar os objectivos do Governo e do patronato e exigir uma nova política para o País», afirma-se no manifesto divulgado pela Inter para a jornada de 29 de Fevereiro, assumida como um passo para o sucesso da greve geral de 22 de Março.

Apelo actual aos jovens

«Este país também é para jovens!» declara a Interjovem/CGTP-IN, no apelo à luta dos jovens ao lado dos demais trabalhadores e pelos seus direitos e interesses mais específicos.

Professores em vigília no MEC

Diante do Ministério da Educação, centenas de professores participaram, sexta-feira e sábado, numa vigília da Fenprof, de «24 horas contra a precariedade e o desemprego».

«Relançar» não cria emprego

Reestruturar os centros de emprego não gera postos de trabalho, destruídos em massa por políticas económicas restritivas que é preciso substituir por um rumo que favoreça o crescimento e o emprego de qualidade.

Desemprego sem respostas

Essencial para evitar que o desemprego alastre é travar a destruição de postos de trabalho. Perante a resistência e a luta dos trabalhadores e das suas organizações, o Governo não dá a resposta concreta que se exige. Apenas a luta dos...

Luta nas cantinas

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul promoveu, nos dias 22, 23 e 24, três concentrações diante de estabelecimentos, propriedade de membros dirigentes da associação patronal do sector de...