Despedimento político
Exigir a reintegração imediata de Jorge Gomes, delegado sindical e membro da Comissão de Trabalhadores da Carris, despedido através de um processo disciplinar forjado, foi o motivo da concentração, dia 22, junto à estação da Pontinha, em Odivelas, promovida pela Comissão de Trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN).
«É um autêntico despedimento político», acusou, na concentração, o dirigente do STRUP, Manuel Leal, em declarações ao Avante!.
Em solidariedade com o motorista, os participantes aprovaram a realização de uma greve, à última hora de cada turno, entre os próximos dias 12 e 16.
Uma alegada recusa de Jorge Gomes a fazer um segundo teste de álcool, sem privacidade, duas horas após um acidente rodoviário e um primeiro teste efectuado pela PSP, foi argumento invocado para o despedimento, acrescido a outra situação ridícula: «o nó da gravata não estava junto ao pescoço do motorista, como ditam normas de fardamento, mas entre o primeiro e o segundo botão da camisa».
A resolução aprovada no fim da acção, posteriormente entregue ao Conselho de Administração e ao Governo, apela à participação na greve geral de dia 22, apelo reforçado pela intervenção do Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.
A deputada do PCP, Rita Rato, levou à acção a solidariedade comunista com este trabalhador.