Novo ataque à juventude
As políticas contra a juventude e seus direitos, seguidas por PSD, CDS e PS, agravadas com o pacto de agressão acordado com a União Europeia e o FMI, têm agora um novo ataque: o fim dos passes sociais 4_18 e Sub_23.
As restrições vão afectar muitos milhares de estudantes
Esta medida, segundo a Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, provém de uma «opção política de cortar em quem menos tem, com o único motivo de "poupança orçamental", num quadro de agravamento das condições de vida das famílias e dos estudantes, sendo este apoio social fundamental para garantir o já atacado direito à mobilidade e indirectamente também à educação por parte da juventude».
Uma situação a que se junta o brutal aumento da alimentação, da habitação, da energia, da água, do gás, da saúde, e em que o Governo corta na educação, nos salários, nos subsídios de férias e em vários apoios sociais.
«Cortam em mais um apoio social, ainda que fosse insuficiente e deixasse de fora grupos etários de estudantes de dimensão significativa, mas que ainda assim é garantia a milhares e milhares de jovens do direito à mobilidade, já de si atacado pelo aumento do preço dos transportes, pela redução da oferta com qualidade e regularidade e pelas privatizações em curso neste sector», comtentam, em nota de imprensa, os jovens comunistas, lembrando que os passes 4_18 e Sub_23 não são um «desconto» ou uma «borla» aos estudantes, mas sim «um apoio social», que não pode ser cortado, antes deveria ser alargado, no quadro de agravamento das condições de vida.
«As restrições, em função do rendimento dos agregados que o Governo coloca ao novo “Passe Social Mais”, deixarão de fora muitos milhares de estudantes cujo rendimento per capita do agregado seja superior a 545 euros, que verão não só o seu direito à mobilidade atacado mas também o direito à frequência no ensino. Mais um ataque aos mesmos do costume», adverte a JCP.